O Tribunal do Vaticano condenou o padre Carlo Alberto Capella, integrante do alto escalão diplomático da Igreja Católica, a cinco anos de prisão pelo crime de posse e transmissão de material de pornografia infantil . Além de cumprir a pena, o religioso deverá pagar multa de cinco mil euros, o equivalente a R$ 22 mil.
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Na decisão, o Tribunal do Vaticano ainda determinou que o material criminoso apreendido com o padre seja confiscado. Capella terá de pagar todas as despesas do processo. Embora tenha sido condenado por pornografia infantil, a pena ainda é menor do que aquela pedida pela Promotoria, de cinco anos e 9 meses de reclusão, mais 10 mil euros de sanção (mais de R$ 40 mil).
O julgamento do monsenhor teve início ontem (22), quando confessou que realmente tinha posse do material e que isso aconteceu “em um momento de fragilidade e crise interna durante uma transferência para a Nunciatura Apostólica”, espécie de embaixada do Vaticano em Washington, nos Estados Unidos.
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No final do processo, ele pediu “perdão aos seus familiares e à Sagrada Família”, dizendo esperar “compreensão”. “Espero que essa situação possa ser considerada um incidente de percurso na minha vida sacerdotal, que amo ainda mais”, declarou.
Segundo a denúncia feita pelo promotor Gian Piero Milano, o monsenhor possuía uma grande quantidade de material pornográfico , incluindo mais de 40 fotos, além de uma conta no iCloud e no Tumblr, as quais acessava mesmo depois de ter sido chamado de volta ao Vaticano, em agosto de 2017.
O advogado de Capella negou que ele tivesse distribuído o material. A defesa também destacou que o cliente “cooperou com os investigadores todo o tempo”.
Descoberta do crime do padre
O Vaticano relembrou que “o número 4 da embaixada em Washington” foi denunciado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, que observou uma “possível violação das leis relacionadas à pornografia infantil de um dos diplomatas na embaixada de Washington”.
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Logo em seguida, a polícia do Canadá emitiu um mandado de prisão contra Capella, acusando-o de ter acessado, possuído e distribuído pornografia infantil durante as férias de Natal de 2016, em uma igreja em Windsor, Ontário, usando uma rede social.
Nessa sexta-feira, promotores e investigadores do Vaticano revelaram que o padre pedófilo possuía material pornográfico que incluía menores entre 14 a 17 anos realizando atos sexuais.
*Com informações da agência Ansa