O governo da Coreia do Norte confirmou, por meio de sua agência oficial de notícias, que não participará de um encontro com membros da alta cúpula do governo da Coreia do Sul que estava marcado para esta quarta-feira (16). O motivo do cancelamento, afirma a notícia KCNA, foram os exercícios militares conjuntos entre o país do sul e os Estados Unidos.
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Para as lideranças do norte, os exercícios militares seriam uma simulação de invasão do país, o qual classificaram com o “provocação” à Coreia do Norte .
O objetivo da reunião, que aconteceria em uma região fronteiriça entre os dois países, era reduzir a tensão militar existente e negociar que famílias separadas pela guerra pudessem se reencontrar.
Por meio de nota, os norte coreanos colocaram em dúvida se participarão, também, de um encontro com o presidente dos EUA , o magnata republicano Donald Trump .
"Este exercício dirigido a nós, que está sendo realizado em toda a Coreia do Sul e nos alvejando, é um desafio flagrante à Declaração de Panmunjom e uma provocação militar intencional que vai contra o desenvolvimento político positivo na Península Coreana", diz a nota.
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EUA garante regime
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo (13) que o país norte-americano irá garantir a permanência do líder da Coreia do Norte , Kim Jong-un, após um possível acordo.
Pompeo afirmou ainda que se o ditador norte-coreano concordar em desmantelar completamente seu programa de armas nucleares, o governo de Donald Trump permitirá que o setor privado americano invista no país.
Segundo Pompeo, se um acordo for fechado na reunião de cúpula entre Kim e Trump, prevista para o dia 12 de junho , “americanos do setor privado” poderiam “ajudar a construir a rede energética que a Coreia do Norte precisa”. Pompeo disse ao Fox News Sunday que os americanos também poderiam ajudar com investimentos em infraestrutura e agricultura.
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