Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, pediu reunião de emergência após revolta nacional contra os casos de estupro
Fórum Econômico Mundial/Manuel Lopez
Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, pediu reunião de emergência após revolta nacional contra os casos de estupro

Após uma onda de revolta no país por conta de uma série de estupros , o gabinete ministerial da Índia aprovou neste sábado (21) a pena de morte para estupradores de garotas abaixo de 12 anos.  Na última semana, foi revelado que uma menina de apenas oito anos foi vítima de um estupro coletivo e, posteriormente, assassinada brutalmente.

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De acordo com a agência de notícias “Reuters”, a revolta nacional na Índia que foi estimulada, entre outros acontecimentos, pela morte da pequena Asifa Bano motivou o primeiro-ministro, Narendra Modi, a pedir uma reunião de emergência.

Segundo autoridades do governo, o gabinete ministerial também quer incluir na lei criminal punições mais drásticas para condenados por estupro de garotas com menos de 16 anos. Ainda de acordo com a agência de notícias, que revisou uma cópia da proposta de emenda da lei, as punições entrarão em vigor assim que a ordem for assinada.

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Estupro é um problema recorrente

Só no ano de 2016, 40 mil estupros foram registrados no país, sendo que em 40% dos casos as vítimas eram crianças. Dados da Agência Nacional de Registro de Delitos da Índia indicam que o número de delitos contra crianças duplicou em três anos, passando de 58.224, em 2013, para 38.947, em 2016.

O número de casos, entretanto, pode e deve ser ainda maior, segundo especialistas, já que a "cultura do silêncio" prevalece sobre este problema na sociedade indiana – assim como em muitas outras.

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A morte de Asifa, que comoveu tanto o país, ocorreu após a menina de origem muçulmana ser sequestrada de sua comunidade nômade de pastores. Segundo a agência de notícias AFP, durante o sequestro, diversos homens, incluindo um guarda de um templo hindu e vários policiais, teriam estuprado a garota sucessivamente. 

Não satisfeitos, os homens ainda a estrangularam, e sua cabeça foi esmagada com uma pedra. De acordo com investigadores, estes homens tinham o objetivo de assustar a comunidade nômade para, assim, afastá-los da região. 

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