O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um ataque  à Síria em conjunto com França e Reino Unido
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O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um ataque à Síria em conjunto com França e Reino Unido





Uma força conjunta entre Estados Unidos, França e Reino Unido fez um ataque aéreo à Síria na noite desta sexta-feira (13). O bombardeamento aconteceu em retaliação ao ataque químico contra civis feito pelo governo sírio, comandado por Bashar al-Assad em abril. 

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As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques às 22h, no mesmo momento em que o presidente norte-americano, Donald Trump , fazia um pronunciamento anunciando o ataque. Nenhum número de mortos ou feridos foi divulgado.

Segundo com o Pentágono, três alvos foram atingidos pelo ataque: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs e  uma base militar também em Homs.

De acordo como o general da marinha norte-americana Joseph Dunford, "estruturas importantes de produção e armazenamento de armas químicas foram destruídas" durante o bombardeio. O militar também confirmou que a rodada de ataques havia sido encerrada.

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Segundo a rede de televisão estatal Syria TV,  as força aérea do país conseguiu derrubar 13 mísseis lançados pelo países ocidentais nos subúrbios de Damasco. Ainda de acordo com a estatal, 110 mísseis foram atirados contra o território sírio, mas a maioria deles foi interceptada.

O jornalista sírio Majd Fahd, da  Al-Masdar News , compartilhou, através do Twitter, vídeos do primeiro bombardeio e da Força Aérea da Síria atirando em mísseis Tomahawk no céus da Damasco, capital do país.  Outras cidades atacadas teriam sido Aleppo, Hama, Al-Sweida, and Latakia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou o ataque em pronunciamento feito na noite desta sexta (13), na Casa Branca. "Ordenei as forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad", disse o presidente.

De acordo com o norte-americano, o ataque seria direcionado a estabelecimentos de armas químicas em território sírio, em represália ao ataque químico lançado pelo governo de Bashar al-Assad contra opositores e civis no dia 7 de abril. "O mal e o ataque desprezível deixaram mães e pais, bebês e crianças se debatendo de dor e ofegando por ar. Essas não são as ações de um homem. Elas são crimes de um monstro". 

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, também se pronunciou logo após o anúncio de Trump, reforçando o discurso do presidente. "O regime de Assad parece não ter aprendido e lição. O ataque desta noite é um recado para que eles parem de utilizar armas químicas para atacar pessoas inocentes", disse. "Durante o planejamento do ataque, nos fizemos o possível para evitar atingir civis", enfatizou. Mattis ainda disse que o bombardeio foi "mais um aviso" dado pelas nações aliadas e que eles esperam que o governo de Assad pare de utilizar armas químicas para evitar um conflito.

O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou o bombardeio e disse que "arsenais químicos clandestinos" seriam os alvos da operação. A primeira ministra britânica, Theresa May, também deu uma declaração oficial. "As forças militares britânicas foram autorizadas a conduzir ataques coordenados com o intuito de diminuir o número de armas químicas do regime sírio", disse. 

Rússia reage

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, divulgou um comunicado após o ataque. De acordo com o diplomata, "as ações de EUA, Fraça e Reino Unido não serão deixadas sem consequências".

"Todas as responsabilidades sobre elas estão com Washington, Londres e Paris. Insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível. Os Estados Unidos – possuidores do maior arsenal de armas químicas – não tem direito moral de culpar outros países", escreveu o Antonov.

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