Emmanuel Macron , presidente francês, disse ter provas de que o regime sírio liderado por Bashar Assad lançou mão de armas químicas nos ataques ao enclave opositor de Duma. As imagens do ataque correram o mundo nos últimos dias, fazendo as nações europeias e os Estados Unidos subirem o tom contra o ditador sírio.
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Sem entrar em detalhes, Macron afirmou ter “provas de que foram utilizadas armas químicas e que foi o regime quem as utilizou”. A declaração foi dada ao canal de televisão TF1.
Para o francês, é necessário que o ocidente intervenha no conflito e realize ataques contra as tropas de Assad. Um dos limites impostos ao ditador – a erradicação de armas químicas do regime – foi desrespeitado, e caberia aos líderes europeus e aos EUA impedir que Damasco volte a realizar ataques químicos.
Um ataque à Síria, contudo, representaria uma afronta ao presidente russo Vladmir Putin, apoiador do regime de Assad. Macron revelou que está em contato diário tanto com o líder russo quanto com o presidente estadunidense, Donald Trump, que afirmou nos últimos dias que uma ação militar americana na Síria está prestes a acontecer.
Diplomacia via twitter
Trump mandou um recado na quarta-feira (11) provocando as autoridades da Rússia. A mensagem foi um aviso para que o governo russo esteja preparado para possíveis ataques dos americanos à Síria.
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Antes, a Rússia já havia advertido para o perigo de qualquer ação no país que possa "desestabilizar a já frágil situação da região". No entanto, Trump não se deixou abalar: “Prepare-se, Rússia”, escreveu em sua conta no Twitter.
Passadas algumas horas da ameaça, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, teceu comentários à imprensa a respeito das declarações do magnata republicano. Em grandes linhas, Peskov foi categórico e disse que o presidente Vladimir Putin não negocia por meio do Twitter.
"Nós não participamos de diplomacia via Twitter", disse Peskov, segundo a agência russa Intefax . "Nós apoiamos abordagens sérias. Nós continuamos a acreditar que é importante não tomar passos que podem prejudicar uma situação já frágil", concluiu o porta-voz de Vladimir Putin .
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