O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
, voltou a subir o tom, na sua página oficial no Twitter, para manter o mundo apreensivo sobre um possível ataque à Síria organizado pelo governo norte-americano.
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Um dia depois de ter dito que dispararia mísseis "novos e inteligentes" sobre o país árabe, o magnata escreveu na rede social, nesta quinta-feira (12), que "nunca disse quando um ataque aconteceria" ao regime de Bashar al Assad. Porém, não neu a entender que não fará um ataque à Síria – pelo contrário.
"Poderia ser muito em breve, ou não tão em breve assim. Em todo caso, os Estados Unidos, sob minha gestão, fizeram um grande trabalho ao expulsar o Estado Islâmico da região. Onde está nosso 'Obrigado, América'?", declarou.
O presidente republicano começou a cogitar um bombardeio à Síria após rebeldes, como o grupo radical Jaysh al Islam, financiado pela Arábia Saudita, terem denunciado um suposto ataque químico em Duma, na região de Ghouta Oriental, às portas de Damasco. Assad e sua principal aliada, a Rússia , negam o uso de armas tóxicas.
Ontem, o porta-voz do Kremlin afirmou, em entrevistas às agências locais, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "não negocia pelo Twitter", assim como o norte-americano .
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Posição dos EUA no passado
Em abril de 2017, outro ataque químico atribuído ao regime sírio já havia feito os EUA lançarem mísseis contra a base militar de Shayrat, ação que levantou temores de uma escalada da tensão com a Rússia, mas que teve poucos efeitos práticos sobre os conflitos no país árabe.
Ao longo desta semana, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) não conseguiu aprovar nenhuma resolução para coordenar sua resposta ao suposto ataque químico. Enquanto isso, Moscou anunciou nesta quinta a retomada de todo o território de Ghouta Oriental e da cidade de Duma pelo Exército da Síria.
A região foi o mais perto que os rebeldes conseguiram chegar de Damasco e foi palco de ataques químicos de Assad em 2013, quando o regime se via acossado pelas forças de oposição. Em entrevista à agência russa Interfax , o presidente da Comissão de Defesa do Parlamento de Moscou, Vladimir Shamanov, disse não acreditar em uma ação militar dos EUA.
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"A situação está complicada, mas estável. Há um certo compromisso entre as partes, espero que tudo se resolva de modo civil", afirmou. Apesar disso, o Kremlin e a Casa Branca ativaram uma "linha direta" para evitar possíveis incidentes e ou um ataque à Síria .
* Com informações da Agência Ansa.