Brasileiro Kaique Guimarães foi preso na Bulgária no fim de 2014 e extraditado para a Espanha no ano seguinte
Delian Avramov/Trud
Brasileiro Kaique Guimarães foi preso na Bulgária no fim de 2014 e extraditado para a Espanha no ano seguinte

O brasileiro Kaique Luan Ribeiro Guimarães foi condenado junto a outras nove pessoas a cumprir oito anos de prisão por integrar um grupo terrorista associado ao Estado Islâmico . A setença foi proferida nesta quarta-feira (11) pela justiça da Espanha, que impôs a pena de oito anos de detenção ao brasileiro e a outros seis réus, enquanto três suspeitos apontados como líderes da organização terrorista receberam pena de 12 anos de cadeia.

Nascido no município de Formosa, em Goiás, Kaique foi preso ao lado de dois marroquinos pelas autoridades da Bulgária no fim de 2014 , quando o brasileiro tinha 18 anos de idade e seguia viagem em direção à fronteira com a Turquia. Ele foi acusado de ter deixado o território espanhol, onde vivia, para se juntar ao Estado Islâmico na Síria.

À época, os jovens alegaram que estavam apenas fazendo uma viagem turística e que seguiriam para a Grécia. Kaique ficou detido na embaixada do Brasil em Sófia e chegou a receber assistência do Itamaraty, mas ainda assim ele e os demais jovens acabaram extraditados de volta à Espanha já no início de 2015.

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Julgamento na Espanha

Entre os réus condenados nesta quarta-feira estão quatro espanhóis e quatro marroquinos. A nacionalidade da décima pessoa do grupo não foi revelada pelas autoridades espanholas.

Em nota, o Itamaraty informou que manteve o acompanhamento da situação de Kaique desde sua prisão. "Agentes consulares brasileiros realizaram visitas aos estabelecimentos prisionais em que o brasileiro se encontrou detido, prestando-lhe assistência, verificando seu estado de saúde e mantendo contato com sua família", disse o Ministério das Relações Exteiores.

Os homens desta célula terrorista, segundo reportado pela agência Ansa , teriam entre 22 e 48 anos e planejavam realizar atentados terroristas em pontos turísticos de Barcelona. Além disso, o grupo tramava sequestrar uma pessoa e filmar a execução dela, conforme apuraram os investigadores da Catalunha.

Segundo a investigação, o grupo se auto-denominava "Fraternidade Islâmica" e possui relação com o grupo extremista Estado Islâmico. A célula foi desmantelada em 2015 pela polícia da Catalunha.

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*Com informações da Ansa

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