Suposto ataque químico, na Síria, deixou mais de mil pessoas com dificuldades para respirar e dezenas de mortos
Reprodução/Al Jazeera
Suposto ataque químico, na Síria, deixou mais de mil pessoas com dificuldades para respirar e dezenas de mortos

Os rebeldes sírios que continuam em Duma, região de Ghouta Oriental, a leste de Damasco, aceitaram se render neste domingo (8). A informação é da agência estatal Sana , que afirmou ainda que os milicianos serão deportados ao norte do país com seus familiares, e os civis se entregarão às autoridades de Damasco. A rendição acontece horas após um suposto ataque químico que matou dezenas de pessoas na região. 

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Não se sabe ao certo quantas pessoas perderam a vida no ataque químico e as estimativas variam. No entanto, os números vão de 70 vítimas, segundo a Al Jazeera , a 100, de acordo com a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Além dos mortos, outras dezenas de pessoas ficaram feridas, muitas delas em estado grave. O primeiro relato do ataque foi feito pelos White Helmets (Capacetes Brancos), ONG de defesa civil que atua em áreas do território sírio controladas pela oposição. De acordo com eles, mais de mil pessoas tiveram problemas para respirar após a explosão de uma bomba.

"Neste momento, estamos cuidando de mais de mil casos de pessoas com dificuldades para respirar depois que uma bomba de cloro foi jogada sobre a cidade", afirmou Moayed al Dayrani, morador de Duma e médico voluntário, para a Al Jazeera na Síria .

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A cidade é o último reduto dos rebeldes em Ghouta Oriental e alvo de uma pesada ofensiva por terra das forças do governo desde a última sexta-feira (6). No início de abril, Damasco chegou a anunciar a evacuação de 450 pessoas ligadas a grupos de oposição, mas nem todos os focos de resistência foram eliminados.

Culpados do ataque químico

Embora os rebeldes também acusem o regime de Assad e a Rússia, pelo suposto ataque, Damasco rebate e diz que trata-se de uma armação do grupo radical Jaysh al Islam, apoiado pela Arábia Saudita.

Por sua vez, o general russo Yuri Yevtushenko acusou "alguns países ocidentais" de tentarem impedir a retomada de Duma, usando o "batido argumento preferido do uso de armas químicas".

Frente ao novo episódio de sofrimento sírio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, culpou a Rússia, o Irã e o regime de Bashar al-Assad pelo suposto ataque em Duma.

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"Muitos mortos, incluindo mulheres e crianças, em um estúpido ataque químico na Síria. A área da atrocidade está cercada pelo exército sírio, deixando-a completamente inacessível para o mundo exterior. Presidente Putin, Rússia e Irã são responsáveis por apoiar o animal Assad", publicou o magnata no Twitter.

* Com informações da Agência Ansa.

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