Chamado “Marcha do Retorno”, ato teve início a última sexta-feira (foto) na Faixa de Gaza e deve durar mais seis semanas
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Chamado “Marcha do Retorno”, ato teve início a última sexta-feira (foto) na Faixa de Gaza e deve durar mais seis semanas


Conflitos na fronteira da Faixa de Gaza deixaram ao menos sete palestinos mortos na manhã desta sexta-feira (6). De acordo com o Los Angeles Times , manifestantes palestinos protestavam em diversas regiões da fronteira quando soldados israelenses responderam com tiros. Cerca de 19 pessoas morreram e outras 1,4 mil ficaram feridas desde a última sexta-feira (30), quando a chamada "Marcha do Retorno" foi iniciada.

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As autoridades locais reportaram que o conflito começou logo no início da manhã, quando centenas de palestinos jogaram pedras contra soldados de Israel e atearam fogo em pneus. As forças armadas responderam com gás lacrimogêneo e tiros, que mataram ao menos sete pessoas – dentre elas, um adolescente de 16 anos – na Faixa de  Gaza .

O exército israelense não justificou sua atuação e explicou, em nota, que as manifestações aconteceram em ao menos cinco locais da fronteira, e incluíram “diversas tentativas de infiltração em Israel sob a fumaça, além de dispositivos explosivos e bombas jogados na direção dos soldados”.

O número de feridos não foi confirmado, mas o Departamento de Saúde da região fala em cerca de mil pessoas atingidas, pelo menos.

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A "Marcha do Retorno" na Faixa de Gaza

Este foi o segundo ato de uma série de manifestações, chamadas de "Marcha do Retorno", que começaram na última sexta-feira (30) e devem acontecer pelas próximas seis semanas, até o dia 15 de maio. A data marca o aniversário da Nakba, palavra árabe que significa "desastre", e representa o êxodo de palestinos em 1948, durante a guerra civil de 1947-1948 e a Guerra Árabe-Israelense, em 1948.

O movimento foi convocado pelo grupo terrorista Hamas, da Faixa de Gaza, contra o bloqueio fronteiriço, e acontece em um momento de tensão no Oriente Médio , após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

Os conflitos desta sexta-feira aconteceram após Israel afirmar, no último sábado (31), que iria  aumentar a intensidade de sua resposta aos protestos de palestinos caso eles continuassem a ocorrer. A afirmação é do porta-voz do exército israelense, o brigadeiro-general Ronen Menelis, de acordo com a Agência EFE .

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"Se o Hamas pretende continuar assim e transformar a cerca [da fronteira  de Gaza com Israel] em um lugar de eventos violentos diários até o dia 15 de maio, não vamos permitir esse jogo de pingue-pongue, eles cometendo atos terroristas camuflados de protestos e nós reagindo. Iremos além para acabar com a violência", afirmou Menelis. 

*Com informações da Agência Ansa

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