Jared Kushner, genro e um dos conselheiros mais próximos do presidente estadunidense, Donald Trump , perdeu o acesso a documentos confidenciais classificados como "ultra-secretos" pelo governo dos Estados Unidos, de acordo informações publicadas nesta terça-feira (27) no jornal norte-americano The New York Times .
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Assim, o marido de Ivanka Trump, filha do presidente, passou do nível "top secret" para o "secret". A decisão, publicada em um memorando do governo na última sexta-feira (23), não afeta apenas o genro de Trump, mas todos os funcionários da Casa Branca que tinham autorização provisória para acessar arquivos deste tipo.
A decisão chega motivada pela polêmica envolvendo o ex-secretário de Gabinete de Donald Trump, Rob Porter, que recebeu uma permissão temporária do mesmo gênero, ainda que o mandatário republicano estivesse ciente de que ele havia sido acusado de violência doméstica por duas ex-esposas.
Kushner é um dos conselheiros mais próximos do presidente Donald Trump. É também um dos alvos da investigação da polícia federal norte-americana, o FBI, que apura supostas interferências de agentes russos nas eleições de 2016.
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De acordo com as investigações, o genro de Trump esteve presente em reuniões com representantes do governo russo em um dos edifícios do presidente durante a campanha eleitoral e participou do encontro com uma advogada russa que dizia ter informações comprometedoras sobre Hillary Clinton, a candidata democrata derrotada por Trump nas eleições de 2016.
Ainda nesta terça-feira, o periódico The Washington Post publicou uma reportagem apontando que funcionários de pelo menos quatro países - China, Emirados Árabes Unidos, Israel e México - discutiram maneiras de "manipular" Kushner, se aproveitando de sua inexperiência em política externa.
Esses contatos com outras nações teriam levantado preocupações na Casa Branca e motivado a decisão de não conceder-lhe uma autorização permanente para acessar arquivos secretos.
* Com informações da Ansa
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