Ao menos 40 pessoas morreram em um ataque de dois carros-bomba na capital da Somália, na noite de sexta-feira (23), segundo informações da CNN . As explosões em frente ao palácio presidencial em Mogadíscio e nos arredores da sede dos serviços de inteligência do país foram reivindicadas pelo grupo Al Shabab.
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De acordo com os serviços de emergência da Somália , outras 23 pessoas ficaram feridas. "Atendemos a 21 mortos e 28 feridos no local do ataque. Alguns dos feridos morreram depois nos hospitais, o que aumentou para 35 o número de mortos. É uma tragédia que não esqueceremos", afirmou Mohammed Abshir, membro do serviço de ambulâncias local em Aamin.
O ministro da Segurança Interna, Mohamed Abukar Islow, confirmou que as forças de segurança mataram cinco membros do al-Shabaab, após um conflito de uma hora perto do palácio presidencial. O duplo ataque de sexta-feira ocorre um dia depois que Islow emitiu um aviso de ataques terroristas em uma reunião do gabinete.
Maior atentado do país
Em outubro do ano passado, o país sofreu o maior ataque terrorista da sua história . Na ocasião, mais de 350 pessoas foram mortas em decorrência de um bombardeio de caminhões em uma rua de grande movimentação, também na capital.
O atentado aconteceu em frente ao hotel Safari, que fica perto de ministérios do governo e em uma rua bastante movimentada de Mogadíscio. O prédio foi amplamente destruído pela explosão. "Em nossos 10 anos de experiência em primeiros socorros em Mogadíscio, nunca tínhamos visto algo assim", informou o serviço de ambulâncias da cidade pelas redes sociais na ocasião.
Apesar de ser apontado como o responsável pelo atentado, o Al-Shabab não reivindicou o ataque. O grupo vem aumentando as ações no centro e no sul do país. A milícia está em guerra contra o Exército e os mais de 20 mil homens enviados pela União Africana, que contam com o apoio de drones dos Estados Unidos.
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Localizada no Chifre da África, a Somália é um dos países mais vulneráveis do mundo por conta da pobreza disseminada, da atuação de milícias terroristas e da instabilidade política. Em março do ano passado, o governo somali chegou a declarar estado de calamidade nacional devido a fome.