Instituição britânica recebeu quase 200 denúncias de abuso sexual no campus desde 2017, segundo pesquisa
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Instituição britânica recebeu quase 200 denúncias de abuso sexual no campus desde 2017, segundo pesquisa

Uma das mais renomadas do mundo, a Universidade de Cambridge , no Reino Unido, admitiu, nesta terça-feira (6), enfrentar “problemas significativos” de abuso sexual, depois de ter recebido ao menos 173 denúncias desde maio de 2017, ou seja, em menos de um ano.

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As vítimas de abuso sexual da universidade utilizavam um sistema de denúncias anônimo, implantando pela administração de Cambridge. Com isso, qualquer pessoa que sofrer a violência, até mesmo membros do corpo administrativo, podem realizar reclamações através da plataforma sem qualquer tipo de receio.

Do total de casos relatados, 119 foram feitos por alunas que disseram terem sido abusadas pelos próprios colegas universitários. Outras estudantes, porém, relataram ter sofrido violência sexual por parte dos funcionários.

“Breaking the silence”

A fim de combater o “problema” de abusos e violência no espaço, a universidade realizou uma campanha chamada “Breaking the Silence”, ou seja, “quebrar o silêncio”, em tradução livre, na tentativa de estimular vítimas a prestarem depoimentos e queixas contra agressores.

Depois de reunir os relatos, os dados foram apresentados e, segundo o instituto que realizou a pesquisa, 52% das pessoas que reclamaram os incidentes disseram acreditar que “nada seria feito após as denúncias”. Porém, o número de descrédito caiu para 30% após a adoção do sistema de denúncia anônima, que veio junto da campanha. Vale lembrar que a "Breaking the Silence" foi criada em 2017, sendo apontada pela própria instituição de ensino "como um primeiro passo no combate aos abusos e estupros". 

No site, as vítimas de violência sexual devem responder um questionário. Entre as perguntas que são feitas em formulário, é questionado se a pessoa acredita "se tratar de um incidente particular", por exemplo, e também qual seria a posição do agressor dentro da universidade. Além disso, pede-se para que a vítima relate o que ocorreu no momento do assédio.

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Após a implantação do projeto pela universidade de Cambridge, outras instituições também aderiram, uma delas, também no Reino Unido, a de Manchester. No entanto, de acordo com nota divulgada por esta, o número de abuso sexual denunciado "foi mínimo". O Centro Nacional de Recursos contra a Violência Sexual do Reino Unido estima que 90% dos casos de assédio que ocorrem em universidades não são denunciados.

*Com informações da Agência Ansa

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