Morreu, na madrugada desta sexta-feira (2), Fidel Castro Díaz-Balart, filho do ditador cubano e conhecido como Fidelito. Ele tinha 68 anos e, de acordo com o jornal estatal Garnma , teria cometido suicídio em sua casa em Havana.
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"O doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que vinha sendo atendido por um grupo de médicos há vários meses por um estado depressivo profundo, atentou contra sua vida na manhã de hoje, primeiro de fevereiro", informou o jornal.
Físico nuclear e doutor em ciências, Fidelito foi responsável pelo programa nuclear cubano e era assessor científico do Conselho de Estado de Cuba e vice-presidente da Academia de Ciências do país.
Díaz-Balart é o filho mais velho do ditador Fidel, que morreu em 2016, e único fruto do seu casamento com Mirta Diaz-Balart. Fidel teve mais oito filhos.
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O doutor deixa a esposa María Victoria Barreiro e três filhos, Mirta María, Fidel Antonio e José Raúl, frutos do seu casamento com a russa Natasha Smirnova.
A trajetória de Fidel Castro
Um dos líderes mais controversos da história moderna, Castro é amado e odiado por milhares. de pessoas.
O início da história de Fidel na política deu-se em 1950, quando filiou-se ao Partido Comunista. Três anos depois, ao lado do irmão Raul Castro, Fidel liderou 150 homens em um ataque a um quartel em Santiago de Cuba. O plano acabou frustrado e o político foi capturado e condenado a 15 anos de prisão.
Em 1955, Fidel criou o Movimento Revolucionário 26 de julho, mesmo ano em que uma anistia libertou ele e seu irmão. Também neste ano conheceu o líder argentino Ernesto "Che" Guevara, no México, e recrutou homens para dar início à guerrilha contra Fulgêncio Batista.
No final de 1956, Fidel inicia a guerrilha, que derrotou Fulgêncio três anos mais tarde. Ainda em 1959 assumiu o poder. No ano seguinte, o líder nacionalizou empresas americanas, ao mesmo passo que os EUA proibiram exportações destinadas à Cuba, com exceção de remédio e comida.
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Em 1961, os EUA rompem relações diplomáticas com o país e Fidel declara que Cuba é uma nação socialista.
Em 1991, com a queda da União Soviética, Cuba perde sua maior aliada e inicia, então, um período com restrições econômicas, autorizando, inclusive, abertura ao dólar americano.
Em 1997, Fidel Castro declara Raul Castro, seu irmão mais novo, como seu sucessor. Em fevereiro de 2008 renunciou oficialmente o cargo devido a problemas de saúde. Desde então, o líder fazia poucas aparições públicas.