O governo espanhol declarou, nesta sexta-feira (26), o embaixador venezuelano na Espanha, Mario Isea, "persona non grata" em "reciprocidade rígida" a decisão do regime de Nicolás Maduro de expulsar o embaixador espanhol em Caracas. A informação foi confirmada pelo porta-voz do governo, Íñigo Méndez de Vigo.
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Apesar da decisão tomada pelo governo espanhol, Méndez de Vigo reforçou que a Espanha quer manter relações com a Venezuela com base na "amizade, respeito e cooperação", embora tenha constatado que as decisões tomadas pelas autoridades venezuelanas "tornam difícil verifique esse desejo ".
Na quinta-feira (25), o governo venezuelano expulsou do país o embaixador da Espanha, Jesús Silva Fernández. A medida foi tomada após o país venezuelano receber sanções da União Europeia (EU). Em nota, o governo do presidente Nicolás Maduro explicou que a decisão foi uma resposta às "contínuas agressões e repetidas interferências nos assuntos internos do nosso país" pela Espanha.
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A Venezuela acusa o premier da Espanha, Mariano Rajoy, de ser um dos principais responsáveis pelas medidas contra o país. Essa não é a primeira vez em que o governo venezuelano expulsa embaixadores de outros países. Em 2017, o governo expulsou os representantes do Brasil e do Canadá, depois de adotarem sanções contra funcionários do alto escalão de Maduro.
Sanções
A UE divulgou sanções contra sete pessoas do governo de Maduro, alegando que todos são suspeitos de abusos de direitos humanos e da democracia. A Espanha foi uma das grandes promotoras das medidas impostas.
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As punições contra Nicolás Maduro e seus funcionários vem sendo tomadas desde 2017, quando os Estados Unidos resolveu proibir a Venezuela e a petroleira PDVSA de negociarem suas dívidas. Diante disso, Maduro classificou as medidas como "um erro lamentável". Além disso, o líder venezuelano atacou Rajoy, em um comício em Caracas, pedindo para que o premier espanhol "fique de quatro", pois o "povo vai te espancar".
* Com informações da Ansa