Os rumores sobre a instável saúde mental do presidente Donald Trump voltaram à tona desde a publicação de “ Fire and fury: inside the Trump White House ”.
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No livro, o jornalista Michael Wolff narra dezenas de episódios em que o presidente aparenta confusão mental. De acordo com fontes próximas ao republicano, ele seria disléxico, teria a compreensão e a concentração limitada, é incapaz de ler um livro inteiro e é viciado em sexo.
Para afastar os boatos – e se livrar de um possível processo de impeachment por incapacidade psicológica de governar-, o mandatário estadunidense resolver se submeter voluntariamente a um teste cognitivo para comprovar sua sanidade. E ele foi aprovado.
Ronny Jackson, médico particular do líder republicano, foi quem aplicou o teste, segundo ele por insistência do próprio Trump. De toda forma, já havia pressão pública para que o presidente fosse testado: na semana passada, por exemplo, uma carta assinada por uma associação de profissionais da saúde pedia a Jackson que colocasse à prova as capacidades cognitivas do presidente.
O modelo do teste aplicado foi a chamada “Avaliação cognitiva de Montreal”, no qual psiquiatras e psicólogos podem rapidamente detectar disfunções nos pacientes. É um teste rápido e simples – leva cerca de 10 minutos – e, por sua praticidade, é considerado também incompleto para alcançar análises mais profundas.
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Ele consiste em 30 pontos que checam a memória e outras funções mentais básicas. Em uma das tarefas, por exemplo, o presidente teve de desenhar uma linha entre um número e uma letra, encontrando a ordem crescente. Em outra, teve de desenhar um cubo tridimensional; e desenhar também um relógio, apontando quais e onde devem entrar os números e os ponteiros.
Em outro ponto da avaliação, Trump foi solicitado a ler uma lista de cinco palavras em cinco segundos, e, após a leitura, enumerar o máximo de palavras que conseguisse se lembrar; ao final do teste, novamente foi perguntado ao presidente quais eram as palavras.
Para testar a capacidade de atenção do magnata, o doutor leu uma série de números e, em seguida, pediu ao republicano que repetisse os números na mesma ordem. Em seguida, instou Trump a dizer os números em ordem contrária.
Pessoas que atingem uma pontuação de 26 acertos são consideradas “normais” para os padrões do teste. Donald Trump foi além: gabaritou a prova, atingindo 30 pontos.
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