A adolescente Naina Choursia, de 14 anos, foi queimada viva dentro de sua casa em Nishatpura, na Índia, em um ato de retaliação. De acordo com o portal Metro , a responsável pelo ataque foi a família de uma menina, também menor de idade, que teria sido sequestrada pelo irmão mais velho de Choursia.
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Portadora de deficiência física, a vítima estava sozinha em sua casa quando foi surpreendida por dois homens. Eles a agrediram e jogaram querosene em seu corpo para, em seguida, atear fogo na menina . A indiana foi socorrida pelos vizinhos e levada para o hospital mais próximo, contudo, com 85% de seu corpo queimado, ela não sobreviveu.
A polícia conseguiu prender dois suspeitos, Radha Mohan Agnihotri e seu cunhado, Amit Tiwari, que acusaram o irmão mais velho da vítima, Deepak Choursia, de 21 anos, de sequestrar e fugir com a irmã mais nova dos dois.
Os acusados explicaram que estavam pressionando a família de Deepak e Naina para revelar o paradeiro dos dois jovens, mas não obtiveram sucesso. Com 17 anos, a garota em questão deixou um bilhete em que declarava "estar indo embora sozinha".
Porém, de acordo com a legislação indiana , como ela é menor de idade e estava com um maior de idade, Deepak está sendo procurado por sequestrá-la.
Retaliação por estupro
Em um caso muito semelhante ocorrido em julho de 2017, de acordo com a rede de TV CNN , anciões paquistaneses ordenaram que uma adolescente de 17 anos fosse abusada sexualmente por homens da comunidade, depois de seu irmão ser acusado de estupro. Poucos dias depois, a polícia do país prendeu 20 pessoas envolvidas nos dois crimes na cidade de Muzaffarabad, no sul do Paquistão.
A mãe da primeira vítima afirmou aos policiais que a filha, de apenas 12 anos, teria contado que sofreu o abuso enquanto cortava grama em um campo aberto. Assim, se dirigiu aos anciões, bastante respeitados pela comunidade, que, por sua vez, deliberaram qual poderia ser a retaliação ao crime.
Assim, chegaram à conclusão de que seria justo que uma das irmãs do criminoso fosse a próxima vítima da violência sexual.
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Nenhuma das pessoas envolvidas nos casos foi identificada para evitar possíveis novas retaliações à menina dentro da comunidade paquistanesa.