Puigdemont é investigado pela justiça por supostos crimes cometidos nos protestos a favor da independência da região
Twitter/Carles Puigdemont/Reprodução
Puigdemont é investigado pela justiça por supostos crimes cometidos nos protestos a favor da independência da região

Em um comunicado à imprensa nesta segunda-feira (15), Mariano Rajoy , o primeiro-ministro da Espanha, afirmou que o governo central do país irá manter o controle sobre a região autônoma da Catalunha caso os parlamentares de lá decidam reeleger Carles Puigdemont ao cargo de governador.

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Desde o dia 31 de outubro do ano passado, Puigdemont , líder do partido independentista Juntos pela Catalunha, encontra-se em auto-exílio na Bélgica. Isso porque, após ter declarado a independência da região enquanto era governador de lá, decisão da qual acabou voltando atrás, uma ordem de prisão preventiva foi expedida contra ele e outros congressistas de seu partido.

Eles são investigado pela justiça espanhola por supostos crimes cometidos nos protestos a favor da independência da região. Cinco deputados eleitos estão exilados na Bélgica e outros três foram presos na Espanha.

Para Rajoy, seria “absurdo” reconduzir ao cargo “um fugitivo em Bruxelas”. Na semana passada, lideranças dos principais partidos separatistas, que contam com a maioria no congresso regional, debatiam estratégias para alçar Puigdemont à chefia catalã ainda que a distância. Caso retorne à Espanha, o líder separatista corre o risco de ser preso.

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Depois da fracassada tentativa de independência, ancorada em um referendo tido como ilegal pelo governo espanhol, Mariano Rajoy destituiu os políticos envolvidos no processo e suspendeu temporariamente a autonomia da região.

Em seguida, convocou novas eleições, que foram realizadas no dia 21 de dezembro de 2017. Contrariando as previsões do mandatário espanhol, contudo, os partidos separatistas obtiveram novamente a maioria no congresso. Com isso, ganharam também o direito de indicar o próximo líder do governo catalão.

A possível posse de Puigdemont ao governo da Catalunha, que, segundo se cogitava, contaria inclusive com um discurso via Skype, agora parece longe de ocorrer. Na última quinta-feira (11), o executivo espanhol apresentou um relatório em que afirmou não ser possível a posse de um governador que se encontre em exílio.

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