O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (12) que não irá impor sanções contra o Irã no âmbito do acordo nuclear assinado em 2015, mantendo, assim, o tratado intacto.
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No entanto, lançou um ultimato aos signitários europeus: se em 120 dias eles não se sentarem com o presidente para fazer uma revisão do acordo, os EUA podem se retirar do tratado.
Além disso, o republicano anunciou novas medidas contra 14 indivíduos e empresas acusados pelos EUA de "violações dos direitos humanos" nos protestos que tomaram as ruas do Irã entre o fim de 2017 e os primeiros dias de 2018. Uma dessas medidas atinge Sadeq Larijani, chefe do Judiciário iraniano e irmão de Ali Larijani, líder do parlamento no país.
Em resposta a Trump, lideranças do Irã disseram que estão preparados para qualquer eventualidade e que podem adotar represálias. Para o chanceler do Irã, Mohammad Zarif, “todo ato que mine o acordo é inaceitável”.
A Casa Branca também anunciou que essa é a “última vez” que as sanções permanecem congeladas caso não ocorram reformulações no acordo nuclear. No passado, Trump já havia se referido ao tratado como “o pior possível”.
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Entre as alterações reclamadas pelos EUA está o aceite, por parte do Irã, de dar fim a atividades como o enriquecimento de urânio - elemento que auxilia no desenvolvimento de armas nucleares, mas que também pode ser usado para gerar energia. Trump também quer que o acordo se estenda ao programa de mísseis do governo iraniano, além de aumentar as inspeções em instalações tecnológicas no Irã.
O presidente estadunidense, contudo, tem sido pressionado por assessores próximos e aliados europeus a manter o acordo nuclear tal como está. Alemanha, China, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia disseram nessa semana que o pacto cumpre sua função primordial, a de manter o programa nuclear iraniano sob controle, fazer o mundo mais seguro e evitar uma corrida armamentista na região.
* Com informações da Ansa
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