Joshua Boyle, que foi preso recentemente, e sua família se encontraram com o político Justin Trudeau (segurando o bebê)
Reprodução/Twitter BoyleVsWorld
Joshua Boyle, que foi preso recentemente, e sua família se encontraram com o político Justin Trudeau (segurando o bebê)

Um canadense, que foi mantido refém por militantes ligados ao Talibã por quase cinco anos, foi preso em Ottawa, capital do Canadá. Ele está sendo acusado de ter cometido 12 crimes, incluindo abusos sexuais , ameaças de morte e – ironicamente, dado que é um ex-refém – confinamento forçado.

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Joshua Boyle se apresentou no tribunal canadense no primeiro dia do ano. Porém, o advogado de defesa do preso, Eric Granger, afirmou ao The Guardian que seu cliente não deve participar do processo judicial agendado para esta quarta-feira (3).

Boyle, sua esposa americana Caitlan Coleman e os três filhos – nascidos no cativeiro - foram resgatados em outubro do ano passado, no Paquistão. O casal havia sido sequestrado durante uma viagem a uma região montanhosa do Afeganistão. A mulher estava grávida de seis meses.

Possíveis crimes

Pouco depois de desembarcar no Canadá, Joshua afirmou que sua esposa tinha sido estuprada e que um de seus filhos havia sido assassinado. As acusações foram negadas pelo grupo.

Na semana passada, a polícia de Ottawa registrou 15 acusações contra Boyle: oito por assaltos; duas por agressões sexuais; duas por confinamento ilegal, e uma por ameaça de morte.

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Segundo informações do jornal Toronto Star , ele ainda foi incriminado por obrigar um individuo a usar uma substância nociva. Nenhuma das alegações foi comprovada no tribunal.

Os incidentes teriam ocorrido nos últimos meses, depois da família voltar ao Canadá. Vale mencionar que a identidade das vítimas está sendo protegida pelo veto de publicação.

"O Sr. Boyle é inocente. Ele nunca esteve com problemas antes. Nenhuma evidência foi fornecida, o que é típico nesta fase inicial. Estamos ansiosos para receber as provas e defendê-lo contra essas acusações”, disse Granger.

A esposa, Caitlan Coleman alegou não poder entrar em detalhes sobre o ocorrido, porém que ela e as crianças “estão saudáveis e lidando com a situação como podem”.

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No momento em que o canadense foi preso, a família estava vivendo em um apartamento em Ottawa. Eles retornaram às manchetes em dezembro, após o encontro com o político Justin Trudeau, no escritório do primeiro ministro, Parliament Hill. Eles dizem ter marcado a reunião para discutir a perda do filho no cativeiro.

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