Governo de Hassan Rohani foi reeleito no Irã neste ano; protestos no país tem aumentado nos últimos dias
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Governo de Hassan Rohani foi reeleito no Irã neste ano; protestos no país tem aumentado nos últimos dias

Uma série de protestos contra o governo do Irã se espalhou pelo país nos últimos dois dias e, neste sábado (30), milhares de pessoas foram às ruas também na capital Teerã - tanto contra como pró-governo. O primeiro dos movimentos começou na cidade de Mashhad, no noroeste do país, e foi se espalhando por todo o território. No entanto, os motivos que levam as pessoas para as ruas ainda não é claro.

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Enquanto a mídia local fala sobre atos contra o aumento do desemprego e da inflação no Irã , correspondentes internacionais informam que as manifestações são contrárias à corrupção e contra o governo de Hassan Rohani em geral.

Para o governo iraniano, que evitou dar grande destaque aos atos, os protestos estão sendo realizados com a ajuda de países estrangeiros e tem objetivo de afetar o governo reeleito recentemente.

Em pronunciamento, eles alertaram aos cidadãos para que não participem dos "cortejos ilegais" para "não sofrer" com as consequências de seus atos. Assim como ocorre em muitos países, protestos só são permitidos com a prévia autorização de autoridades de segurança.

De fato, o governo Rohani vem em uma guerra de declarações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou por mais de uma vez em cancelar o acordo nuclear assinado com Teerã em 2015 para frear o desenvolvimento das armas nucleares.

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Além dos EUA, França, Alemanha, China, Rússia, Reino Unido e União Europeia chancelaram o documento - e eles também criticam Trump por querer sair do pacto.

A Casa Branca se manifestou sobre os protestos, dizendo que "o mundo está observando a situação" e pedindo que a comunidade internacional apoie os manifestantes "que lutam contra a corrupção e contra a violação de direitos humanos".

Acordo nuclear

Em outubro,  Donald Trump anunciou que não certificaria o acordo nuclear com o país iraniano assinado em 2015, mas, ao contrário do que se esperava, não rompeu o tratado. Pela lei, a cada 90 dias, o presidente deve certificar ou não o Congresso que Teerã , capital iraniana, respeita o acordo e que este é do interesse do país norte-americano.

Trump chegou a acusar Teerã de não cumprir com os termos do pacto e de perseguir o desenvolvimento de bombas nucleares. "Não podemos efetuar essa certificação e não o faremos", declarou o magnata em um pronunciamento.

No entanto, o presidente norte-americano afirmou que deu instruções a seu governo para trabalhar com o Congresso em maneiras de fazer com que "o regime iraniano não ameace o mundo com armas nucleares". "O país iraniano está sob controle de um regime fanático", disse.

Trump também acusou o governo do país persa de usar o acordo como "âncora de salvação" e reiterou que o tratado, uma bandeira de seu antecessor, Barack Obama, é "uma das piores e mais desequilibradas transações que os Estados Unidos já fizeram". O presidente ainda ameaçou cancelar o tratado se a Casa Branca não conseguir chegar a um ponto em comum com o Congresso sobre um novo compromisso com o Irã.

* Com informações da Ansa

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