O ex-comandante das forças armadas da Bósnia Slobodan Praljak, condenado pela perseguição e assassinato de muçulmanos, faleceu após ingerir uma substância supostamente venenosa durante sessão do Tribunal Penal Internacional (TPI). De acordo com a CNN , o incidente aconteceu após o juiz responsável confirmar a sentença de 20 anos de prisão por crimes de guerra. O caso aconteceu em Haia, na Holanda, onde está localizada a sede do TPI.
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Ao ouvir o veredito, o acusado gritou: “Slobodan Praljak não é um criminoso de guerra. Eu estou rejeitando o seu veredito com desprezo” e logo em seguida ingeriu o líquido de natureza desconhecida, mas que acredita-se tratar de veneno . Uma ambulância foi chamada para atendê-lo e o juiz suspendeu imediatamente a audiência.
O militar de 72 anos foi encaminhado para um hospital local e mais detalhes sobre sua situação só foram divulgados mais tarde, quando o primeiro-ministro croata Andrej Plenkovic confirmou a morte do acusado em um perfil nas redes sociais.
“Em nome do governo da República da Croácia e em meu próprio nome, eu quero expressar minhas profundas condolências para a família do General Slobodan Praljak”, declarou em um tuíte oficial.
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Crimes de guerra durante a década de 1990
A sessão do TPI estava julgando outros cinco dirigentes por crimes contra a humanidade, crimes de guerra, violação da Convenção de Genebra e violação de leis internacionais.
Os casos ocorreram entre os anos de 1992 e 1994 durante a Guerra da Bósnia, um conflito civil que sucedeu a separação da antiga Iuguslávia. Os seis militares foram acusados de tentar realizar uma "limpeza étnica" de não-croatas no território da Bónia e Herzegovina.
O último general a ser condenado foi Ratko Mladic, que acusado de genocídio, recebeu a sentença de prisão perpétua na última quarta-feira (22).
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Por mais que o advogado de Praljka tenha confirmado que o general realmente tomou veneno, o copo onde a substância foi ingerida será levado para análises clínicas.
*Com informações da Agência Ansa