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A Assembleia Nacional é composta em sua maioria por opositores ao regime de Nicolás Maduro.

Um grupo de deputados opositores ao regime de Nicolás Maduro denunciou nesta segunda-feira (6) que foram impedidos pela Guarda Nacional Bolivariana, a polícia militarizada da Venezuela,  de acessar a Assembleia Nacional , órgão legislativo do país. As ordens de bloqueio seriam da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), de acordo com a oposição.

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A informação foi dada pela conta oficial do Parlamento da Venezuela . “Os deputados denunciam que a Guarda Nacional ilegal da ANC se recusa a dar acesso ao Palácio Legislativo Federal” diz o tweet.

A Assembleia Nacional Constituinte foi formada após eleições em julho deste ano e  irá redigir uma nova Constituição. A formação de uma nova Constituinte foi determinada, via decreto, por Maduro e a oposição diz que o modo como foi composta, de representação proporcional por município, beneficiaria somente o governo. Além disso, o órgão tem poderes superiores aos Três Poderes , o que na prática significa que pode ‘dar ordens’ à Assembleia Nacional.

A segunda vice-presidente da Assembleia Nacional, a opositora Dennis Fernández, disse a jornalistas que também não foi permitida a entrada de funcionários e da imprensa, e realizou uma entrevista coletiva improvisada na frente do prédio. Pessoas que apoiam o governo se aproximaram da coletiva e proferiram xingamentos e ofensas aos opositores.


Asilo no Chile

O governo do Chile informou, também nesta segunda-feira (6), que irá dar asilo político ao primeiro-vice presidente da Assembleia Nacional, o deputado opositor Freddy Guevara. Ele está desde sábado (4) na embaixada chilena em Caracas, onde se refugiou após o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), fiel ao regime de Maduro, pedir a suspensão da sua imunidade parlamentar para dar início a um processo contra ele. Ele alega também que recebeu ameaças.

Recentemente, o Chile já concedeu asilo político à quatro magistrados do TSJ que se disseram perseguidos já que foram indicados à corte pela Assembleia Nacional. Ele ficaram na embaixada chilena por dois meses e receberam asilo em outubro. Outros 29 juízes estão na mesma condição e não são reconhecidos pelo TSJ ou pelo governo como parte integrante do tribunal.

Na época do anúncio de asilo aos magistrados, Nicolás Maduro afirmou que o Chile praticou uma ilegalidade ao receber o grupo em Santiago, já que eles representam "a ultradireita [da Venezuela] e a linha supremacista do (presidente dos Estados Unidos) Donald Trump".

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*com informações da Agência Brasil

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