Ao menos 18 pessoas morreram e 30 ficaram feridas neste sábado (28) após a explosão de um carro-bomba nas proximidades de um hotel em Mogadíscio, capital da Somália. No momento do atentado também ocorria um tiroteio na parte interna do hotel.
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O hotel onde ocorreu o tiroteio, chamado Nasa-Hablod, costuma ser frequentado pela elite e políticos da região. Um deputado e um policial estão entre as vítimas fatais do atentado na Somália. Minutos depois, foi possível ouvir uma segunda explosão na área, mas ainda não foram divulgadas maiores informações sobre o caso.
A autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo Al-Shabab , que tem ligação com a Al-Qaeda. A organização extremista também confirmou a presença de alguns de seus integrantes como atiradores dentro do hotel.
Há duas semanas, o país já havia sofrido com outro ataque terrorista. Na ocasião, mais de 350 pessoas foram mortas em decorrência de um bombardeio de caminhões em uma rua de grande movimentação, também na capital.
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O atentado aconteceu em frente ao hotel Safari, que fica perto de ministérios do governo da Somália e em uma rua bastante movimentada de Mogadíscio. O prédio foi amplamente destruído pela explosão . "Em nossos 10 anos de experiência em primeiros socorros em Mogadíscio, nunca tínhamos visto algo assim", informou o serviço de ambulâncias da cidade pelas redes sociais na ocasião.
Assim como no ataque deste sábado, o Al-Shabab também foi acusado do ataque anterior. O grupo vem aumentando as ações no centro e no sul do país nos últimos meses. A milícia está em guerra contra o Exército e os mais de 20 mil homens enviados pela União Africana, que contam com o apoio de drones dos Estados Unidos.
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Localizada no Chifre da África, a Somália é um dos países mais vulneráveis do mundo por conta da pobreza disseminada, da atuação de milícias terroristas e da instabilidade política. Em março passado, o governo somali chegou a declarar estado de calamidade nacional devido a fome.