Tim Murphy pediu para amante abortar um filho indesejado; escândalo pode marcar fim da carreira do político
Reprodução/CBS News
Tim Murphy pediu para amante abortar um filho indesejado; escândalo pode marcar fim da carreira do político

Conhecido por sua luta contra o aborto, o deputado republicano Tim Murphy renunciou ao cargo, nesta quinta-feira (5), depois que um escândalo pessoal veio à tona nos Estados Unidos . Ironicamente, Murphy teria pedido para a sua amante interromper uma gravidez, ou seja, abortar um filho.

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De acordo com o jornal Pittsburgh Post-Gazette , além de ter pedido para a amante abortar , Murphy tinha uma conduta abusiva com membros de sua equipe. A polêmica revelação colocou o republicano em maus lençois.

À imprensa, o presidente da Câmara dos Deputados, o também republicano Paul Ryan, informou que congressista da Pensilvânia deve se retirar do cargo antes da chegada do mês de novembro.

"Nesta tarde, recebi uma carta de demissão do congressista Tim Murphy, datada de 21 de outubro. Foi decisão do Dr. Murphy de seguir para o próximo capítulo de sua vida, e eu o apoio", afirmou Ryan.

"Agradecemos por seus muitos anos de trabalho incansáveis em questões de saúde mental aqui no Congresso e seus serviços ao país como um oficial de reserva naval", lembrou o republicano.

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O deputado já estava em seu oitavo mandato, e a renúncia deve marcar o fim da carreira política de Murphy.

Polêmica e escândalo

O caso ganhou repercussão em todo os Estados Unidos após o jornal norte-americano Pittsburgh Post-Gazette  veicular uma reportagem baseada na mensagem da amante do deputado, Shannon Edwards.

Em seu depoimento, a mulher que teve um caso extraconjugal com o republicano confirmava que Murphy pensava que ela estava grávida e deveria optar pelo aborto.

"Você não tem nenhum problema em publicar a sua postura pró-vida por todos os lados quando você não hesitou em me pedir o aborto do nosso filho na semana passada", escreveu Edwards para o amante.

No entanto, de acordo com Shannon, ela não estava grávida. Tudo se tratava apenas de uma suspeita. Murphy, de 65 anos, reconheceu no mês passado que teve um romance com a mulher, uma psicóloga que trabalhou com ele em uma lei sobre saúde mental.

Isso criou problemas políticos ao congressista, já que ele era "pró-vida" nos Estados Unidos, ou seja, um político que abomina a possibilidade de abortar fetos no país.

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* Com informações da Agência Ansa.

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