O candidato da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Alexander Gauland, afirmou neste domingo (24) que devolverá o país aos alemães. A AfD conquistou cerca de 13,3% dos votos nas eleições para chanceler da Alemanha, o que o credenciou a entrar pela primeira vez no Bundestag, o parlamento alemão.
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“Esse governo que proteja, porque iremos atrás dele. Recuperaremos o nosso país e o nosso povo. Mudaremos esse país”, afirmou Gauland em seu primeiro pronunciamento depois do fechamento das urnas na Alemanha .
Segundo o líder da extrema-direita, o partido obteve esses resultados graças ao seu idealismo e que pensa que as pessoas enfim terão de volta um lugar no Bundestag. Além disso, o copresidente da AfD, Jörg Meuthen, disse que o partido é "claramente a terceira força política no Bundestag”.
Depois da divulgação dos resultados de boca de urna, cerca de 100 pessoas se reuniram na praça de Alexanderplatz, onde a AfD celebra o sucesso nesse pleito, gritando palavras de ordem contra o partido de extrema-direita em meio a um forte esquema de segurança.
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Criada em 2013 como um partido contrário à União Europeia, a AfD ficou fora do parlamento nas eleições do mesmo ano. Com a crise migratória e a grande chegada de refugiados no país, a legenda transformou o discurso antieuropeu em xenofobia.
Eleições
A União Democrata-Cristã (CDU), partido da atual chanceler, Angela Merkel, ficou com 32,9% dos votos , mais de 12 pontos percentuais à frente do líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz. Tanto Merkel quanto Schulz, aliados no último governo, lamentaram, em seus primeiros discursos, a chegada da AfD ao parlamento.
A chanceler da Alemanha comprometeu-se a reconquistar os eleitores que hoje optaram pela AfD, enquanto Schulz fez alertas sobre a “fratura” gerada pela entrada dos ultradireitistas no parlamento. “Falhamos no nosso objetivo”, reconheceu, avaliando que o SPD não conseguiu convencer a base eleitoral tradicional do partido . Ele também alertou sobre a “impressionante força” da AfD, um fato que “nenhum democrata pode deixar de lado”.
*Com informações da Agência Brasil