O furacão Maria continua causando destruição e mortes na tarde desta quinta-feira (21), deixando ruas inteiras alagadas e prédios desabados nas ilhas caribenhas. Segundo o primeiro-ministro da ilha de Dominica, Roosevelt Skerrit, pelo menos 15 pessoas morreram durante as tempestades. Inclusive, a casa do premiê também foi totalmente destruída.
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Apesar do poder de destruição, o furacão Maria
está longe do fim. Ele ganhou intensidade na tarde de hoje, chegando a ventos acima de 200 km/h enquanto vai em direção à Ilha de Turcos e Caicos, segundo as informações do Centro Nacional de Furacões. Ao mesmo tempo, continua assolando a República Dominicana e Porto Rico.
Em 24 horas, o Maria causou mais de 760 mm de chuva em partes do estado porto-riquenho, onde milhões de moradores vão ficar sem energia por meses. Apesar disso, uma luz de esperança surgiu nesta quinta, pois as autoridades anunciaram que o maior aeroporto de Porto Rico irá reabrir os voos comerciais das companhias aéreas a partir de amanhã, oferecendo aos cidadãos a chance de fugir.
Rastro de destruição
“Tempestades perigosas acompanhadas de grandes ondas aumentarão os níveis de água em até dois metros em partes da República Dominicana – onde os rios também se encontram acima do nível normal", diz nota.
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As autoridades ainda esperam que o Maria se fortaleça na medida em que se move em águas quentes, colocando em perigo as ilhas mais baixas, com possibilidade de enormes ondas. “Os moradores de Turcas e Caicos
provavelmente sentirão o peso de Maria no final da quinta e na sexta-feira, com previsões de até 400 mm de chuva”, informaram.
Além disso, as tempestades devem atingir o território da costa leste dos Estados Unidos, mas somente na próxima semana, com ondas altas e ventanias perigosas. Dependendo do seu caminho, também pode causar chuva do Meio-Atlântico para Massachusetts, aponta o meteorólogo da CNN , Michael Guy.
Sistema elétrico destruído
Os porto-riquenhos, ainda sofrendo com a chuva intensa nesta quinta-feira, poderão não recuperar a energia elétrica por até seis meses, disse o CEO da Puerto Rico Electric Power, Ricardo Ramos.
“O sistema foi basicamente destruído”, disse Ramos à rede de TV norte-americana. Ele também afirmou que os hospitais e os sistemas de água serão restaurados prioritariamente. Contudo, o Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marín, que é o maior da ilha, seria preparado hoje receber operações militares e de resgate, sendo aberto ao tráfego aéreo nesta sexta-feira (22), de acordo com Aerostar Puerto Rico, que administra o aeroporto perto da cidade de San Juan.
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O presidente Donald Trump disse à imprensa que visitará Porto Rico, mas não detalhou quando. “ Porto Rico
foi absolutamente destruído. Trabalharemos com o governador e o povo”, prometeu. Já o governador Ricardo Rosselló destacou que o furacão Maria é a “tempestade mais devastadora que atingiu a ilha neste século, se não na história moderna".