Os presidentes da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram neste domingo (17) em aplicar "a fundo" as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) à Coreia do Norte. O intuito é fazer com que o país interrompa as provocações com os testes de armas. As informações são da Agência EFE.
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Os presidentes fizeram o acordo durante um telefonema, em que concordaram com a necessidade de "implementar a fundo" as medidas para que o governo da Coreia do Norte veja que, se continuar com sua atitude, "só se isolará mais diplomaticamente e enfrentará mais pressão econômica", o que levará o país "ao colapso", segundo o escritório da presidência sul-coreana.
A conversa entre Moon e Trump ocorreu após o lançamento, na última sexta-feira (15), de um novo míssil por parte da Coreia do Norte. O míssil sobrevoou o território japonês antes de cair nas águas do Pacífico.
O presidente sul-coreano destacou a importância de melhorar a capacidade defensiva do seu país, além de contar com o apoio das tropas norte-americanas.
Trump reiterou o pleno apoio dos EUA à Coreia do Sul e assegurou que vai continuar dando toda a ajuda e apoio necessário para fortalecer ainda mais sua aliança, segundo comunicado da Coreia do Sul.
Moon e Trump combinaram de continuar tratando o assunto em reunião em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, na próxima semana.
Ameaças
Na última semana, o governo norte-coreano, liderado por Kim Jong-Um, deu declarações pesadas e carregadas de ameaças sobre os EUA, Japão e Coreia do Sul . Entre as manifestações, o país afirmou que vai usar armas nucleares para “afundar” o Japão e reduzir os EUA a “cinzas e escuridão”. A declaração foi em resposta ao apoio dos dois países a uma resolução e sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o último teste nuclear do regime norte-coreano.
A Corei do Sul também foi chamada ‘traidora’ e “cachorros dos Estados Unidos” ao pedir sanções mais duras para seus "compatriotas".
"O grupo de traidores pró-americanos deve ser severamente punido e liquidado com um ataque de fogo para que eles não possam sobreviver. Só então, a nação coreana poderá prosperar em um território unificado", afirmou o comitê da Coreia do Norte.
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