O Conselho de Segurança das Nações Unidas "condenou fortemente" o novo lançamento de um míssil pela Coreia do Norte. Em reunião emergencial realizada nesta sexta-feira (15), o grupo criticou o que chamou de "ações ultrajantes" de Pyongyang e enviou um ultimato exigindo que elas sejam "encerradas imediatamente".
Esta já é a quarta reunião do conselho em caráter de emergência em menos de 20 dias. O encontro dos 15 países-membros foi convocado pelos Estados Unidos e Japão, após o novo lançamento de um míssil feito pela Coreia do Norte . Na quinta-feira (14) – sexta-feira (15) no Japão –, o míssil norte coreano passou pelo território japonês e caiu no Pacífico.
Na quarta-feira (13), o governo norte coreano fez fortes ameaças, em reação a sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança na última segunda-feira (11), e prometeu atacar o Japão e a Coreia do Sul, ambos aliados dos Estados Unidos.
O regime também acusou a organização de ter se tornado "uma ferramenta do mal" que serve aos EUA, e que ao invés de garantir a paz e a segurança, "destrói sem piedade". "O Conselho de Segurança da ONU é composto por países sem princípios e, em consequência, uma ferramenta tão inútil deve ser dissolvida imediatamente", diz o comunicado da agência KCNA.
Provocações x sanções
Segundo a secretaria do conselho da ONU , a reunião, a portas fechadas, ocorre também no contexto da Assembleia Geral das Nações Unidas, que na próxima terça-feira (19) reúne líderes dos países membros para o tradicional debate geral.
O presidente Donald Trump ainda não se pronunciou sobre o último lançamento de míssil, mas o país tem defendido sanções cada vez mais severas e confronto militar caso a o governo de Kim Jong-un ataque territórios norte-americanos ou de países aliados.
Em resposta ao lançamento do míssil, a vizinha e inimiga Coreia do Sul repetiu testes com mísseis no mar. Sanções severas vem sendo defendidas pelos três países, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A Alemanha manifestou que a resposta deve ser dura, para que o país norte-coreano desista de seu programa de armamento nuclear.
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A Rússia afirmou que as provocações da Coreia do Norte devem ser levadas a sério, mas, em alguns momentos, têm adotado tom mais duro e alinhado ao dos Estados Unidos . Outros países têm defendido a saída diplomática e negociada, que é a posição da China desde o início da escalada de tensões.
* Com informações da Agência Brasil