Depois de um novo fim de semana de novas tensões com a Coreia do Norte, o Exército da Coreia do Sul informou, nesta segunda-feira (4), que o país comandado por Kim Jong-un está se preparando para lançar um outro míssil balístico intercontinental.
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O lançamento, segundo a Coreia do Sul , pode ser feito a qualquer momento. "Os serviços de inteligência sul-coreanos detectaram contínuos indícios de que o país vizinho poderia efetuar, a qualquer momento, um novo teste com um ICBM", disse Chang Kyung-soo, funcionário de alto escalão do Ministério de Defesa sul-coreano, em pronunciamento publicado pela agência Yonhap .
Os lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais pelo regime norte-coreano tiveram início no início do mês de julho. Esse foi o primeiro míssil deste tipo a ser lançado com sucesso pelo país. No fim de julho, um segundo projétil do mesmo tempo também foi testado e também deu a Kim Jong-un o resultado esperado.
A declaração sul-coreana acontece um dia depois de a Coreia do Norte ter testado, neste domingo (3), a sua bomba atômica mais potente até o momento. O artefato termonuclear, segundo o governo do país, pode ser instalado em um míssil intercontinental.
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A bomba atômica norte-coreana representa um importante e perigoso avanço na capacidade militar do país.
Perdendo qualquer aliado
Com tais movimentos, a China – que é a principal aliada de Kim Jong-un – não exclui mais a possibilidade de apoiar, na Organização das Nações Unidas (ONU), um embargo total de petróleo à Coreia do Norte.
Após o teste nuclear deste domingo, o governo chinês pediu ao ditador norte-coreano que "não aumente as tensões" com novos lançamentos de mísseis.
A possibilidade de impor um veto às importações norte-coreanas de petróleo foi estudada pelos Estados Unidos e o Japão, segundo informações divulgadas em Tóquio.
Sobre essa ideia, um porta-voz chinês, da área de Relações Exteriores, disse, em entrevista, que a resposta ao sexto teste atômico norte-coreano "depende das discussões entre os membros do Conselho de Segurança da ONU", mas não a rejeitou totalmente.
A Coreia do Sul, que vinha adotando há anos um posicionamento de passividade, evitando qualquer tensão com a sua vizinha, acaba se aliando aos EUA e ao Japão, em relação à intolerância com os testes balísticos.
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* Com informações da Agência Brasil.