Os deslizamentos de terra e inundações provocados por fortes chuvas em Serra Leoa já deixaram mais de 300 mortos, e outras 600 pessoas desaparecidas. Entre as vítimas fatais, estão pelo menos 109 menores de idade, segundo informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira (17).
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As chuvas atingem zonas próximas a Freetown, capital de Serra Leoa
. E, por causa do grande número de desaparecidos, o número de mortos pode aumentar. A situação alarmante ainda atinge mais de três mil desalojados. “O tamanho do estrago não tem precedentes. As crianças estão ficando sem lar e vulneráveis”, afirmou o representante da Unicef no país, Hamid El-Bashir Ibrahim.
Em comunicado enviado hoje, a Unicef ainda explica que distribuiu água potável às famílias afetadas pelos incidentes, também havendo doado medicamentos, lonas plásticas e luvas, tudo que fora pedido pelo governo do país. As equipes da Organização das Nações Unidas (ONU), junto do Executivo serra-leonense, estão habilitando tanques de armazenamento de água para distribuir entre os deslocados e, desse modo, evitar surtos de cólera, febre tifoide e outras doenças, uma vez que muitos poços de água ficam contaminados após o desastre.
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Nesta semana, centenas de pessoas estão se dirigindo aos necrotérios para identificarem e retirarem os corpos dos parentes, vítimas das inundações e deslizamentos de terra. Em meio ao caos, o governo decretou sete dias de luto em homenagem às vítimas.
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As inundações começaram a ser registradas na última segunda-feira (14), especialmente em lugares de Freetown
onde as construções ilegais dominam as ruas. Assim, boa parte dessas casas ficou totalmente destruída. Grandes deslizamentos de terra derrubaram não só casas, mas também edifícios altos; pelo menos mil residências ficaram completamente cobertas de barro nas áreas mais atingidas de Serra Leoa, entre elas estão Racecourse, Regent e Lumley, em que os imóveis improvisados predominam.
*Com informações da Agência Brasil