Um confronto entre supremacistas brancos e antifascistas deixou ao menos um morto e 34 feridos em Charlottesville, nos Estados Unidos, de acordo com a "CNN". A situação ocorrida neste sábado (12) foi desencadeada após um protesto organizado pela extrema-direita do país, que se posiciona contra negros, gays, imigrantes e judeus, na última sexta-feira (11).
Leia também: China pede que Trump modere palavras e atos por tensão com Coreia do Norte
A situação mais grave do confronto aconteceu quando um carro acelerou contra uma multidão de antifascistas que haviam ocupado o local onde ocorreria um novo protesto marcado para este sábado pelos neonazistas.
O conflito nos Estados Unidos
levou a prefeitura da cidade a declarar estado de emergência e citar o ato como uma "iminente guerra civil" em Publicação no Twitter. De acordo com informações divulgadas pelo polícia do Estado de Virgínia, foi realizada a detenção de alguns manifestantes.
A extrema-direita dos país organizou a manifestação em Charlottesville após a cidade ter anunciado a pretensão de remover de um parque municipal a estátua de Robert E. Lee, um gerenal confederado, segundo informações da "BBC News".
Mais de mil agentes já haviam sido mobilizados por precaução, de acordo com a agência "Efe". Além disso, o governador Terry McAuliffe havia solicitado aos cidadãos que permanecessem afastados da manifestação.
Leia também: Presidente da França pede responsabilidade contra tensão na Coreia do Norte
Durante os protesto de sexta-feira, centenas de manifestantes puderam ser vistos carregando tochas e fazendo saudações nazistas enquanto palavras de ordem. Homens e mulheres diziam, por exemplo, "vocês não vão nos substituir", fazendo referência aos imigrantes e "morte aos antifas", q ue são justamente os antifascistas, grupos de oposição aos neonazistas .
Alguns estudantes negros da Universidade de Virgnia, junto com joves antifascistas, fizeram uma "parede-humana" para tentar evitar que os manifestantes chegassem à estátua do terceiro presidente norte-americano, Thomas Jefferson, que era o ponto final da marcha.
Os participantes definiram o protesto como forma de aquecimento para o evento maior, nomeado como "Unir a Direita", que aconteceria neste sábado na cidade. Eram esperadas mais de mil manifestantes, além de líderes norte-americanos de grupos de extrema-direita.
Leia também: Donald Trump fala em "ação militar" na Venezuela e pede democracia
O presidente Donald Trump, se manifestou no Twitter sobre o acontecido. "Todos nós devemos estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Vamos juntos como um!", publicou.
A primeira dama dos Estados Unidos também já havia utilizado a rede social para se posicionar contra os conflitos. "Nosso país incentiva a liberdade de expressão, mas vamos nos comunicar sem ódio em nossos corações. Nada de bom vem da violência", disse Melania Trump.