A Coreia do Sul e os Estados Unidos
fecharam um acordo, nesta sexta-feira (11), sobre a crise atual com a Coreia do Norte. O combinado, é que, antes de tomar qualquer atitude em relação ao país, a área de segurança de Washington deve consultar Seul, principalmente antes de eventuais ataques preventivos.
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O acordo, firmado em uma conversa telefônica de cerca de 40 minutos entre Chung Eui-yong e H.R. McMaster – os principais assessores da Coreia do Sul e dos Estados Unidos – foram tratadas "as atuais condições de segurança na Península [Coreana], geradas pelas provocações da Coreia do Norte e a escalada de tensão, bem como de maneiras para enfrentar essas ameaças", afirmou o escritório presidencial sul-coreano em comunicado.
"As duas partes reiteraram seu compromisso de cooperar de maneira estreita e transparente sobre os passos a serem dados em cada momento", acrescentou o texto.
Clima tenso
A Coreia do Norte e os Estados Unidos tiveram na última semana uma escalada de tensão na troca de ameaças. O presidente americano Donald Trump disse, na terça-feira (8), que a Coreia do Norte "vai se deparar com fúria e fogo jamais vistos no mundo" se não deixar de ameaçar o seu país, após as últimas sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) ao regime norte-coreano como punição pelos lançamentos de mísseis.
O regime de Kim Jong-un respondeu, dando detalhes de um plano para bombardear a ilha de Guam, em cujas bases americanas estão estacionados os bombardeiros estratégicos que o Pentágono envia regularmente à Península Coreana e que, na última terça-feira , voltaram a voar próximo da Coreia do Norte.
Na sequência, Trump disse, na quarta-feira que se Kim Jong-un ordenasse um ataque contra a ilha de Guam, teria como resposta "uma ação jamais vista por alguém na Coreia do Norte".
O governador de Guam, Eddie Calvo, pediu nesta sexta-feira (11) à população para "ficar preparada contra qualquer eventualidade".
Os testes contínuos de armas feitos pelo governo norte-coreano desde o início do ano aumentaram a tensão na península. Os Estados Unidos endureceram suas respostas, com o governo Trump insinuando em várias ocasiões a possibilidade de fazer um ataque preventivo contra o regime comunista.
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Essa última possibilidade preocupa a Coreia do Sul e o Japão, onde uma resposta da Coreia do Norte a um ataque poderia custar muitas vidas.
* Com informações da Agência Brasil.