O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, foi denunciado na Corte Penal Internacional de Haia, da Holanda, por senadores do Chile e da Colômbia, nesta quinta-feira (20), que o acusam de cometer crimes como tortura e homicídios seletivos.
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Com a assinatura de 76 senadores colombianos e 70 chilenos, o documento de 56 páginas tem como objetivo aumentar a pressão internacional sobre o regime chavista na Venezuela. “Estamos acusando Nicolás Maduro
de crimes que são competência dessa corte, como tortura, ‘apartheid’ por segregação e ataque desmesurado a um segmento da população, homicídios seletivos, detenções e deportações em massa”, declarou o senador de direita da Colômbia, Iván Duque, à Agência EFE.
De acordo com Duque, a Corte de Haia deve observar o país latino-americano para que, enfim, possa encontrar uma maneira de “dissuadir esses ultrajes que estão sendo cometidos contra o povo”. Ainda segundo o senador colombiano, ações de alerta para todo o mundo são urgentes.
A Venezuela vive uma crise profunda, com protestos diários acontecendo há mais de três meses e, assim, sofre com uma onda de violência política que já deixou quase cem pessoas mortas – além de ter causado prisões de centenas.
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A situação piorou ainda mais depois de o presidente ter decidido que iria convocar uma eleição para formar uma Assembleia Constituinte, o que deixou a oposição ao governo bastante enfurecida. Inclusive, foi realizado um plebiscito informal para que pudesse ser comprovado que a população venezuelana é contra tal votação.
Em meio ao caos vivido na Venezuela, vários países da União Europeia, da América Latina (incluindo o Brasil) e os Estados Unidos tentaram interferir na situação, pedindo para que Caracas cancelasse a votação para a Assembleia Constituinte . Para os opositores de Maduro, a tentativa de reescrever a Carta Magna venezuelana é apenas uma maneira de que ele consiga conquistar ainda mais poder.
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Nicolás Maduro está à frente do governo venezuelano desde 2013, quando substituiu o líder Hugo Chávez. A Corte Penal Internacional de Haia
, que fica na Holanda, foi criada em 2002, reunindo mais de 120 nações e tem como objetivo o julgamento de pessoas desses países em casos de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
*As informações são da Agência ANSA