O ex-presidente do Peru Ollanta Humala e a esposa Nadine Hereida foram presos preventivamente na noite desta quinta-feira (13) a pedido do juiz Richard Carhuancho. Os dois devem ficar detidos por 18 meses.
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Segundo as informações da Agência Télam, Humala e Hereida estão detidos no Palácio de Justiça, em Lima, no Peru
. Os dois chegaram à sede judicial em um veículo da polícia, depois de se apresentarem à Sala Pena Nacional, onde o magistrado aprovou o pedido da procuradoria peruana, que investiga o caso por supostos delitos de lavagem de dinheiro e associação ilícita.
O político peruano é o primeiro ex-governante da América Latina preso por sua relação com os casos de corrupção brasileira Odebrecht, segundo despachos das agências de notícias "EFE" e "Reuters".
Humala e Heredia chegaram ao Palácio da Justiça vestindo coletes à prova de balas, sendo conduzidos ao presídio, onde devem esperar a decisão de onde ficarão reclusos.
Na ordem expelida pelo juiz Richard Carhuancho, foi pedida a prisão da esposa de Humala, já que um procurador acusou o casal de ter recebido US$ 3 milhões da construtora Odebrecht para a campanha eleitoral que o levou à presidência do Peru em 2011, de acordo com a delação do ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, que está preso no Brasil.
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O caso no país
O recebimento de propina e o envolvimento em processos corruptos no país com a empreiteira Odebrecht não atingiu apenas o ex-presidente. Em abril, o governador da região de Callao Félix Moreno teve o pedido de prisão preventiva determinado pela Justiça.
Na época, Moreno foi acusado de favorecimento por permitir a construção de uma rodovia no Peru realizada pela Odebrecht . Além disso, ele ainda responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência. O prazo determinado para a prisão preventiva do governador é de 18 meses. Segundo o que foi informado pelo procurador anticorrupção, Hamilton Castro, que é responsável pela investigação do caso Odebrecht, a empresa pagou US$ 4 milhões para ganhar a licitação da estrada Costa del Callao, próxima a Lima.
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No Peru, as investigações sobre a Odebrecht apuram cerca de US$ 29 milhões em pagamento de propina a funcionários dos governos dos ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
*As informações são da Agência Brasil