Um homem foi baleado por soldados belgas na Estação Central de Bruxelas, capital da Bélgica. O individuo é suspeito de ser autor da pequena explosão ocorrida na estação na noite desta terça-feira (20). A Procuradoria Federal da Bélgica trata o ataque como um caso de "terrorismo".
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A Estação Central de Bruxelas chegou a ser evacuada e não houve relatos de feridos. Segundo o Ministério Público do país, o suspeito não resistiu aos ferimentos e morreu. O diário "La Dernière Heure" diz que o homem carregava um colete explosivo. A identidade dele não foi revelada.
A polícia da Bélgica procura agora dois indivíduos foragidos após a explosão, informaram fontes policiais. Testemunhas que estavam na estação afirmaram que o indivíduo neutralizado pelos militares gritou "Alá é grande" antes de explodir o pacote que levava, segundo meios de comunicação belgas.
De acordo com a polícia local, o ataque teria ocorrido nas escadarias do hall principal da estação central da capital belga e provocou fuga dos passageiros que estavam no local. O tráfego ferroviário e as linhas de metrô foram interrompidos.
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O primeiro-ministro belga, Charles Michel, e o ministro do Interior, Jan Jambon, seguem de perto a situação e estabeleceram um centro de crise, indicou o porta-voz do premiê, Frédéric Cauderlier. Segundo o governo, a situação está "sob-controle".
Alvo de atentados
O sistema de transportes da Bélgica já havia sido alvo de um duplo atentado terrorista com 32 mortos no dia 22 de março do ano passado. O ataque começou no aeroporto de Zaventem, nos arredores da capital belga, onde dois terroristas, Ibrahim el Bakraoui e Najim Laachraoui, se explodiram perto do check-in da companhia aérea American Airlines.
Pouco mais de uma hora depois, outro kamikaze, Khalid el Bakraoui, detonou o próprio corpo na estação de metrô de Maelbeek, bairro da capital que abriga as instituições da União Europeia.
Os três terroristas eram belgas e viviam no bairro de Molenbeek, um celeiro de grupos radicais islâmicos em Bruxelas. Os ataques ocorreram quatro dias após a prisão de Salah Abdeslam, acusado de envolvimento nos atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris, que deixaram 130 mortos. Acredita-se que o plano dos terroristas era realizar uma operação ainda maior , mas eles teriam antecipado os atentados por conta da captura de Abdeslam.
* Com informações da Agência Brasil e Ansa