O grupo extremista Estado Islâmico (EI) publicou um vídeo que mostra cenas explícitas da decapitação de um suposto oficial russo na Síria. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (9) pela agência especializada em contraterrorismo SITE.
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As imagens, gravadas em russo e em árabe, duram 12 minutos e foram divulgadas pelo Estado Islâmico no mesmo dia em que a Rússia celebrou o aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.
De acordo com posts de extremistas nas redes sociais, o soldado russo seria Evgeny Petrenko, que atuava no serviço de inteligência.
Após fazer críticas às ações do governo russo na Síria e à imprensa de Moscou, o vídeo mostra o suposto militar fazendo uma confissão. Ele veste um macacão preto e um boné. Em cenas posteriores, ele aparece ajoelhado diante de um terrorista, que o decapita.
As cenas da decapitação do oficial são explícitas e o grupo extremista não fez uso de censura ou de cortes. Por conta disso, o vídeo foi retirado do Youtube.
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Por enquanto, nem a autenticidade das imagens e nem a identidade da vítima foram confirmadas por Moscou .
Putin pede ajuda contra terroristas
Ainda nesta terça, o presidente russo Vladimir Putin apelou à unidade internacional para lutar contra ameaças como o terrorismo e disse que a Rússia está disposta a cooperar nessa tarefa. O apelo foi feito em seu discurso durante o desfile do Dia da Vitória contra os nazistas.
"Para uma luta efetiva contra o terrorismo, o extremismo, o neonazismo e outras ameaças, é necessária a unidade de toda a comunidade internacional. Nós estamos abertos a essa cooperação", afirmou Putin na emblemática Praça Vermelha de Moscou.
O líder do Kremlin explicou que as Forças Armadas da Rússia estão preparadas para repelir qualquer ameaça, da mesma forma que fizeram durante a 2ª Guerra Mundial contra a Alemanha nazista, e que "nenhuma força poderá dominar" o povo russo.
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Durante o evento, no entanto, Putin não citou diretamente o vídeo do Estado Islâmico que ameaça diretamente a nação que ele governa.
* Com informações da Agência Ansa e da Agência Brasil.