A Comissão Nacional de Controle da Campanha Presidencial (CNCCEP) na França pediu na madrugada deste sábado (6) que os meios de comunicação não publiquem informações sobre os documentos internos hackeados da campanha do candidato presidencial Emmanuel Macron. De acordo com a agência "EFE", a comissão acredita que parte do conteúdo é falso. Algumas informações sobre os dados contidos no documentos, no entanto, já foram compartilhados nas redes sociais.
Leia também: Mais de 30 crianças morrem em acidente rodoviário na Tanzânia
O pedido foi feito por meio de um comunicado direcionado especialmente para os sites. Após reunião de urgência para examinar a situação, a comissão estendeu o aviso a toda a população e usuários de redes sociais alertando que a divulgação de documentos relacionados ao "MacronLeaks", como vem sendo chamado o vazamento de informações da campanha de Emmanuel Macron , pode envolver "responsabilidade penal" de seus autores.
Leia também: Agente do FBI trai os EUA e se casa com terrorista do Estado Islâmico
No documento, a CNCCEP "pede aos atores presentes em sites da internet e nas redes sociais, em primeiro lugar os meios, mas também todos os cidadãos, a ter responsabilidade e não transmitir esses conteúdos, com o intuito de não alterar a transparência da eleição, não infringir a lei e não se expor a uma infração penal". O órgão afirma ainda que os documentos divulgados têm todas as chances de terem sido "misturados com informações falsas".
Com isso, a disseminação destas informações está "suscetível a receber uma qualificação penal de muitos tipos e de acarretar a responsabilidade de seus atores". Fundado por Macron, o partido político "En Marche!", informou na noite de sexta-feira (5) que foi vítima de um ataque hacker "em massa e coordenado", que levou ao vazamento "nas redes sociais de informações internas de diversas naturezas".
A coordenação da campanha de Macron afirmou que os arquivos pirateados – como e-mails, documentos contábeis e contratos – "foram obtidos há varias semanas graças ao ataque hacker de endereços de e-mail pessoais e profissionais de dirigentes do movimento". Segundo a equipe do candidato liberal, os autores do ataque enviaram documentos falsos junto aos verdadeiros para "semear a dúvida e a desinformação".
O anúncio foi feito faltando pouco menos de 24 horas para a abertura das urnas para o segundo turno das eleições presidenciais na França, que já ocorrem neste sábado em territórios ultramarinos , e poucos minutos depois do encerramento da campanha eleitoral de um pleito que tem Macron como grande favorito em relação à candidata de extrema direita Marine Le Pen.
* Com informações da Agência Brasil.