Em um outro ataque, Alexei Navalny foi 'pintado de verde' durante uma manifestação contra o governo de Putin na Rússia
Reprodução/The Telegraph
Em um outro ataque, Alexei Navalny foi 'pintado de verde' durante uma manifestação contra o governo de Putin na Rússia

Líder da oposição do governo russo, o ativista Alexei Navalny corre o risco de ficar cego do olho esquerdo após um ataque químico que sofreu no último dia 27, enquanto fazia campanha contra o presidente Vladimir Putin.

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Esse foi o segundo ataque com produtos químicos que o opositor de Putin sofreu em menos de um mês. No primeiro, ele foi alvo de uma ação com um spray médico verde, que o deixou com a cor diferente por vários dias e rendeu diversas brincadeiras do próprio Navalny nas redes sociais.

O segundo ataque sofrido por Navalny parecia até mais inofensivo, já que não o manteve com a coloração esverdeada. No entanto, de acordo com o ativista, havia uma mistura com outro produto químico, que causou uma cegueira temporária.

"O ataque que sofri reduziu 80% da capacidade de enxergar de um olho. No momento, não é uma condição irreversível, os médicos me tratam ativamente e há esperança que consigamos sair dessa", escreveu Navalny em seu blog. "Me ajudaria muito poder ir para clínicas especializadas na Suíça ou Espanha, mas como sabem, o governo me impediu de deixar o país por cinco anos", comentou.

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Para tentar descobrir quem é o autor do ataque contra o líder da oposição – que, inclusive, já anunciou a intenção de concorrer à presidência do país no ano que vem – diversos apoiadores começaram uma ação de investigação nas redes sociais. Segundo eles, o homem que fez o ataque pertence a um grupo de apoiadores do governo, chamado SERB.

Ligação dos EUA

Nesta terça-feira (2), o presidente russo conversou por meio de uma ligação telefônica com o presidente norte-americano, Donald Trump. Tanto o Kremlin quanto a Casa Branca classificaram o debate como "construtivo".

Para o assistente da presidência da Rússia, Yuri Ushakov, a conversa entre Putin e Trump, foi "muito prática". Ele também destacou que os líderes farão seu primeiro encontro bilateral em julho, durante a realização do encontro dos líderes do G20, em Hamburgo, na Alemanha. 

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* Com informações da Agência Ansa.

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