O terrorista morto após realizar um ataque na Champs-Elysée, em Paris, nesta quinta-feira (19), no qual matou um policial e deixou outros dois feridos, já era conhecido pela polícia francesa, tendo sido detido em fevereiro por ameaças contra as forças da ordem.
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Porém, logo depois de ser preso, o suspeito teria sido colocado em liberdade por falta de provas conclusivas. Há apenas alguns meses, a divisão antiterrorista da Promotoria de Paris
abriu uma investigação preliminar contra ele por ameaças à polícia, mas não por islamismo radical e, sim, por suspeita de que ele pudesse voltar a agir contra os agentes da ordem, de acordo com a emissora “France Info”.
Ainda segundo informações dos veículos locais, o terrorista foi preso em fevereiro e interrogado em Meaux, nos arredores da capital francesa, mas teve de ser liberado por falta de provas concretas.
A imprensa francesa divulgou na manhã desta sexta-feira (20) o nome do agressor, sendo Karim Cheurfi, um francês de 39 anos. A identidade do terrorista não havia sido dada anteriormente por causa de pesquisas sobre ele e seu ambiente pessoal.
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De acordo com a “France Info”, três pessoas da família de Karim Cheurfi foram detidas na manhã desta sexta-feira, sendo interrogadas pela polícia. Diversas revistas estão sendo realizadas nos locais onde o terrorista havia acesso, tais como a casa de sua mãe e de sua companheira.
O carro utilizado no ataque na Avenida Champs-Elysées desta quinta foi encontrado um fuzil de calibre 12, duas facas de cozinha, um secador, um Corão e várias notas nas quais havia endereços de delegacias de polícia, de acordo com a mesma fonte francesa. O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, afirmou que o criminoso tinha um passado “muito carregado” na Justiça.
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O que se sabe sobre terrorista
Karim Cheurfi é francês nascido em 1977 em Livry Gargan, ao norte de Paris, foi condenado a 15 anos de prisão, em 2005, por crimes realizados em 2001, quando feriu um policial à bala, após se envolver em um acidente de trânsito. Alguns dias depois, roubou a arma de um agente enquanto era retirado da cela, e voltou a ferir um policial. Cheurfi saiu da prisão em 2015. O jornal "Le Monde" informou que, após o atentado de ontem à noite, na revista de sua casa em Chelles foram encontrados "elementos de radicalização".