A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, anunciou nesta terça-feira (18) que decidiu convocar eleições gerais no país, antecipando o pleito para o próximo dia 8 de junho.
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A declaração, que foi feita em sua residência oficial em Downing Street, Londres, supreendeu britânicos e a comunidade internacional. Em seu pronunciamento, Theresa May comunicou a decisão de não esperar até 2020, o ano previsto para as próximas eleições.
O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho de Ministros. O que surpreende é que a premiê marcou as eleições mesmo depois de ter rejeitado várias vezes nos últimos meses a possibilidade de realizar um novo pleito no país.
"O Brexit é de interesse nacional, mas os outros partidos se opõem", disse May, referindo-se à saída do Reino Unido da União Europeia.
As eleições no Reino Unido foram convocadas para enfrentar o forte clima de divisão seminado pela oposição do Partido Trabalhista, dos Liberais Democratas e dos movimentos de independência na Escócia.
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A situação poderia enfraquecer o Reino Unido nas negociações com a União Europeia.
Mudança de ideia
Admitindo que tinha excluído anteriormente a ideia de novas eleições, May disse que agora reconhece que este "é o único modo de garantir a estabilidade" do país. "Precisamos e precisamos fazer isso agora", contou a primeira-ministra.
O Artigo 50 do Tratado de Lisboa da União Europeia – responsável pelo início formal das negociações para a saída do Reino Unido do bloco – foi ativado no último dia 29 de março.
May também aproveitou a ocasião para pedir aos britânicos para votarem na sua legenda, o Partido Conservador, para conduzir o processo de divórcio do país da União Europeia.
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Theresa May tomou posse em 13 de junho de 2016, após a renúncia do então premier David Cameron. Ele deixou o cargo porque não conseguiu conter a vitória do "sim" no referendo que optou pelo Brexit. O resultado do plebiscito revelou uma profunda divisão no país. O Brexit (palavra criada pela fusão de "Britain" e "exit", ou saída da Grã-Bretanha) recebeu 51,9% dos votos contra 48,1% pela permanência na UE.
* Com informações da Agência Ansa.