Horas após os dois atentados contra catedrais do norte do país, que deixaram pelo menos 44 pessoas mortas e outras 11 feridas, o presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, anunciou, neste domingo (9), que a nação está em estado de emergência.
Leia também: Papa Francisco condena ataques terroristas a igrejas no Egito e pede orações
De acordo com o mandatário, a medida pode durar até três meses. O anúncio foi transmitido ao vivo pela emissora de televisão estatal. O objetivo do estado de emergência é “proteger o Egito e preservar [sua segurança]”, acrescentou Al Sisi.
O anúncio foi feito depois de “tomar as medidas legais e constitucionais” pertinentes nestes casos, explicou o governante em seu breve pronunciamento.
O presidente egípcio disse que os aparelhos de segurança vão “intensificar seus esforços para punir os criminosos” que estão por trás dos dois atentados, reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
A primeira explosão foi registrada em Tanta, a cerca de 100 quilômetros do Cairo, capital do país. Duas horas depois, a segunda bomba explodiu em Alexandria, no norte do Egito. Ainda não foram divulgadas informações sobre suspeitos dos dois atentados.
Leia também: Igrejas cristãs são atacadas no Egito; Estado Islâmico assume atentado
As explosões ocorrem a 20 dias da primeira viagem do papa Francisco ao Oriente Médio. O papa deve chegar ao Egito no dia 28 de abril, quando se reunirá com autoridades do governo, lideres muçulmanos e com o papa da Igreja Copta Cristiniana, Teodoro II.
Apelo à imprensa
Além disso, o líder egípcio solicitou aos meios de comunicação que abordem os acontecimentos com “honestidade, responsabilidade e consciência”. Em uma mensagem à comunidade internacional, Al Sisi destacou que esta “tem que castigar os países que apoiaram o terrorismo e criaram a ideologia e trouxeram combatentes [ao Egito] de todo o mundo”.
“Agora somos nós que pagamos o preço”, disse o presidente egípcio, que elogiou os cidadãos por sua resistência e paciência nas difíceis circunstâncias dos últimos anos.
Leia também: Tensão na Noruega: Polícia de Oslo explode artefato "similar a uma bomba"
O estado de emergência foi decretado em algumas ocasiões excepcionais em anos passados, depois que esteve em vigor de forma contínua entre 1981 e 2012, quando foi abolido ao calor da revolução egípcia de 2011.
* Com informações da Agência Brasil.