Donald Trump disse ter sido espionado por Obama, mas não foram encontradas evidências que sustentem sua acusação
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Donald Trump disse ter sido espionado por Obama, mas não foram encontradas evidências que sustentem sua acusação

O diretor do FBI, James Comey, afirmou em audiência nesta segunda-feira (20) que não tem informações que suportem a alegação de que Barack Obama teria espionado o atual presidente, Donald Trump, durante sua campanha. A denúncia foi feita pelo próprio republicano em mensagens nas redes sociais. Além disso, Comey admitiu pela primeira vez que o órgão está investigando a suposta interferência da Rússia nas eleições do país em 2016.

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Em audiência, o diretor disse que tanto o FBI quanto o Departamento de Justiça não encontraram evidências que apoiem as acusações feitas por  Trump via Twitter. De acordo com o Comey, nenhum presidente pode encomendar uma operação de escuta contra quem quer que seja.

Além disso, pela primeira vez, houve a confirmação pública de que o FBI está investigando a possível conspiração entre a Rússia e a campanha do republicano para verificar se algum crime foi cometido durante as eleições do último ano.

“Isso inclui investigar a natureza de qualquer ligação entre indivíduos associados com a campanha presidencial e o governo russo”, disse o diretor em seu discurso de abertura ao comitê. A audiência também vai contar com depoimentos do diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers.

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Republicanos esperam que Comey declare não ter informação suficiente para provar que houve interferência da Rússia nas eleições, mas democratas afirmam que existem evidências circunstanciais que sustentam a infração e, por isso, devem ser investigadas mais a fundo.

O representante republicano no comitê, Devin Nunes, afirmou que a audiência terá diversos pontos de foco, entre eles a extensão da interferência russa e se funcionários da campanha eleitoral colaboraram com a conspiração.

Escutas na Tower Trump

Por mais que já tenha sido concluído que nenhuma escuta física foi colocada no escritório do então candidato republicano, ainda não foi descartada a possibilidade de outras formas de espionagem contra o então candidato à presidência. Também será apurado quem teria vazado as informações confidenciais.

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O principal democrata no comitê, Adam Schiff, afirmou que ainda não se sabe se a operação russa contou com a ajuda de cidadãos dos Estados Unidos. “Muitos dos funcionários de campanha do atual presidente, incluindo o presidente, têm relações com a Rússia e interesses russos. Isso, é claro, não constitui crime”, disse.

“Por outro lado, se a campanha do Trump, ou qualquer pessoa relacionada a ela, auxiliou os russos, isso não somente seria um crime grave, mas também representaria uma das traições mais chocantes na história de nossa democracia”, completou Schiff.

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