Dezenas de vídeos de testes nucleares conduzidos pelos EUA durante o período da Guerra Fria foram liberados no Youtube
no início da semana passada.
As gravações datam do período entre 1945 (logo após o fim da Segunda Guerra Mundial) e 1962, mas as imagens foram mantidas sob sigilo por mais de 55 anos pelo governo dos EUA .
Na última terça-feira (14), no entanto, ao menos 750 vídeos registrados em arcaicos rolos de nitrato de celulose (trinitrocelulose) tiveram o sigilo suspenso pelas autoridades militares americanas. A partir disso, uma equipe do Laboratório Nacional de Lawrence Livermore montou uma força-tarefa para digitalizar as imagens, e até o momento 64 vídeos já foram publicados no Youtube.
Um dos responsáveis pelo trabalho, o físico Gregg Spriggs explica que a divulgação das imagens visa conscientizar sobre o poder de destruição de bombas nucleares. "Acredito que, mostrando a força destas armas e a sua devastação, muitos começarão a pensar melhor antes de usá-las", disse Spriggs.
Acredita-se que os Estados Unidos tenham realizado mais de 1.000 testes nucleares durante a disputa por supremacia militar com a União Soviética no pós-Segunda Guerra Mundial.
Os testes foram realizados em terra e no mar, despechando toneladas de materiais nocivos à atmosfera.
Testes da Coreia
Atualmente, a Coreia do Norte conduz uma série de testes com mísseis com alcance intercontinental. A empreitada preocupa os Estados Unidos, que monitora a ameaça de Pyongyang.
No início deste ano, o ditador Kim Jong-un afirmou que o país está na "última fase antes de testar um míssil balístico intercontinental" . Kim garantiu, em sua mensagem de Ano Novo, que a Coreia do Norte é agora uma "potência militar do Leste que não pode ser alcançada, mesmo pelo inimigo mais poderoso".
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Os analistas estão divididos sobre a capacidade real da Coreia do Norte para se dotar de uma ogiva nuclear, mas todos concordam que o país tem obtido enormes progressos nesse sentido desde que Kim Jong-un sucedeu seu pai, Kim Jong-il, que morreu em dezembro de 2011.
O país realizou dois testes nucleares e numerosos lançamentos de mísseis em 2016, com o objetivo de desenvolver um sistema de armas atômicas capaz de atingir o território dos EUA.
*Com informações da Ansa