Holanda: primeiro ministro holandês Mark Rutte (Esq), do Partido Liberal, e o candidato de extrema direita, Geert Wilders
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Holanda: primeiro ministro holandês Mark Rutte (Esq), do Partido Liberal, e o candidato de extrema direita, Geert Wilders

Todos os olhares do mundo político internacional estarão voltados nesta quarta-feira (15) para as eleições gerais da Holanda, onde desponta o candidato de extrema-direita Geert Wilders, de 53 anos, do Partido para a Liberdade (PVV), que baseia sua campanha numa agenda xenofóbica, anti-islâmica, protecionista e contra a União Europeia (UE). As informações são da agência Télam.

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As eleições holandesas marcam o pontapé inicial do calendário eleitoral de um ano-chave para a Europa, onde os partidos tradicionais estão em declínio e emergem forças eurocéticas de ultra-direita. O resultado da Holanda poderá ter um forte impacto nas eleições da França (em abril) e da Alemanha (em setembro).

Nestes países, que, do mesmo modo que os Países Baixos, formam parte do núcleo fundador da UE, a direita xenófoba também tem conquistado um forte protagonismo impulsionado pela crise de refugiados, pelos recentes atentados islâmicos na Europa e pela vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, e do Brexit, no Reino Unido.

Favorito

Apesar do discurso ultra-direitista, Geert Wilders é o favorito nas eleições do país, que registra uma taxa de crescimento de 2,3% e de 5,4% de desemprego. A chave para as eleições de quarta-feira não será a economia, mas a questão da própria identidade de um país de cerca de 17 milhões de habitantes, onde nos últimos anos o número de imigrantes superou o dos emigrantes.

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Coalizão

Com esta premissa de defesa da identidade como bandeira, cerca de 30 partidos batalharão nesta quarta-feira pelas 150 cadeiras parlamentares em jogo, em comícios marcados pela diversidade, o que obrigará os principais partidos a fazer coalizões para poder governar.

Dos 31 partidos que concorrem, só 14 obteriam os votos suficientes para conseguir representação parlamentar, segundo as pesquisas, que antecipam que o próximo governo necessitará fazer uma coalizão com pelo menos quatro ou cinco partidos.

A emissora de TV pública holandesa NOS, concluiu na semana passada, com base em pesquisas,  que o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD), do atual primeiro-ministro, Mark Rutte, 50 anos, que prega a manutenção do status quo, conseguiria 25 cadeiras parlamentares (16,67% de los votos), uma a mais que o ultra direitista PVV, de Wilders.

Desde então, as tendências se mantêm, no que pese que uma forte crise recente entre o governo nacional  da Holanda e as autoridades turcas alimentou ainda mais o discurso xenófobo e anti imigratório de  Wilders, e deu grande importância ao debate televisivo que ele manteve ontem com o adversário Rutte.

* Com informações da Agência Brasil

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