A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou em Edimburgo, nesta segunda-feira (13), que pretende apresentar seus planos para um novo referendo de independência do Reino Unido ao Parlamento local na próxima semana.
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A proposta trata-se de uma resposta à aprovação do Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia, por parte do governo de Londres, após a premier britânica, Theresa May, já ter afirmado que não autorizará uma nova consulta popular na Escócia .
Sturgeon disse que se a ideia de um novo referendo for aprovada pelo Parlamento, a consulta poderá acontecer entre o outono (do hemisfério norte) de 2018 e a primavera de 2019, o que equivale ao período entre setembro de 2018 e junho de 2019.
A premier pedirá que a assembleia de Edimburgo vote a permissão para a criação de um novo referendo popular, depois que o de 2014 foi marcado pela perda dos separatistas.
Segundo Strugeon, desde a última consulta "as circunstâncias mudaram", referindo-se ao Brexit e ao fato de que a maioria dos escoceses votaram contra a saída do país da União Europeia.
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Além disso, a premier também disse que esta decisão é inevitável devido ao "muro de intransigência" que o governo de Londres ergueu contra a Escócia, que havia apresentado em Edimburgo uma série de soluções para manter o país no Mercado Único Europeu.
Notícia recebeu críticas britânicas
No entanto, a declaração da premier escocesa foi recebida com críticas pela administração britânica, que deve acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, e assim dar início formalmente ao Brexit, nos próximos dias.
Em nota, o governo de May disse que um novo referendo só causaria mais incerteza, relembrou o fracasso da última tentativa de separação da Escócia em 2014 e ainda afirmou que o Reino Unido só quer negociar o Brexit "no interesse de todas as nações".
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* Com informações da Agência Ansa.