O diretor do FBI, James Comey, considerou falsa a acusação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que seu antecessor Barack Obama teria espionado suas conversas por telefone.
Leia também: Trump pede investigação sobre suposto grampo telefônico ordenado por Obama
Segundo informações divulgadas neste domingo (5) pelo jornal The New York Times , citando fontes oficiais, Comey teria pedido que o Departamento de Justiça intervenha para rejeitar a denúncia de Donald Trump .
Ainda de acordo com a publicação, o pedido foi feito sob a alegação de que "não há provas que respaldem" a denúncia e que Trump "insinua que o FBI violou a lei".
Investigações e Twitter
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, Trump fez o pedido da investigação neste domingo (5), um dia depois de acusar Obama, via Twitter, pela espionagem no período eleitoral.
Leia também: Trump acusa Obama de espionar telefones de seu escritório antes das eleições
Nas mensagens acusatórias feitas em seu perfil da rede social, o presidente comparou a suposta espionagem no ano passado com o caso “Watergate”, de 1972, quando cinco homens ligados ao Partido Republicano foram flagrados copiando documentos e instalando escutas telefônicas na sede do comitê nacional do Partido Democrata (partido do ex-presidente).
Sem apresentar provas, o mandatário norte-americano ainda classificou seu antecessor como “garoto mau” e “doente”, já que teria ordenado que os telefones da “Trump Tower” fossem grampeados.
O democrata negou as denúncias em nota divulgada na tarde deste sábado. O porta-voz de Obama, Kevin Lewis, garantiu que nem o ex-presidente ou qualquer outro funcionário da Casa Branca durante sua gestão tenham realizado escutas contra cidadãos norte-americanos.
Leia também: Trump culpa Obama por protestos e vazamentos de informações contra governo
“Uma regra fundamental da administração Obama foi que nenhum funcionário jamais interferisse com qualquer investigação independente conduzida pelo Departamento de Justiça. Como parte dessa prática, nem o presidente Obama, nem qualquer outro funcionário da Casa Branca jamais ordenou a vigilância de qualquer cidadão dos EUA. – nem mesmo de Donald Trump. Qualquer sugestão em contrário é simplesmente falsa”, afirmou Lewis.
* Com informações da Agência Ansa.