O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu para que o Congresso investigue se houve grampo em suas conversas telefônicas durante o período de campanha eleitoral, no final do ano passado. Segundo o republicano acusou neste sábado (4), as escutas teriam sido realizadas com autorização de seu antecessor, o democrata Barack Obama.
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, Trump fez o pedido da investigação neste domingo (5), um dia depois de acusar Obama, via Twitter, pela espionagem no período eleitoral.
Nas mensagens acusatórias feitas em seu perfil da rede social, o presidente comparou a suposta espionagem no ano passado com o caso “Watergate”, de 1972, quando cinco homens ligados ao Partido Republicano foram flagrados copiando documentos e instalando escutas telefônicas na sede do comitê nacional do Partido Democrata (partido do ex-presidente).
Sem apresentar provas, o mandatário norte-americano ainda classificou seu antecessor como “garoto mau” e “doente”, já que teria ordenado que os telefones da “Trump Tower” fossem grampeados.
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O democrata negou as denúncias em nota divulgada na tarde deste sábado. O porta-voz de Obama, Kevin Lewis, garantiu que nem o ex-presidente ou qualquer outro funcionário da Casa Branca durante sua gestão tenham realizado escutas contra cidadãos norte-americanos.
“Uma regra fundamental da administração Obama foi que nenhum funcionário jamais interferisse com qualquer investigação independente conduzida pelo Departamento de Justiça. Como parte dessa prática, nem o presidente Obama, nem qualquer outro funcionário da Casa Branca jamais ordenou a vigilância de qualquer cidadão dos EUA. Qualquer sugestão em contrário é simplesmente falsa”, afirmou Lewis.
Outra acusação do presidente
Na última terça-feira (28), o presidente norte-americano afirmou, em entrevista exclusiva à rede de TV “Fox News”, que acredita que o Barack Obama e seus assessores de confiança estejam por trás dos protestos e vazamentos de informações que têm "atormentado sua administração". Além disso, ele diz que não espera que isso termine tão logo, afirmando se “tratar de manobras políticas”.
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Em seu segundo mandato, o democrata ficou marcado pelas denúncias de espionagem contra a Agência de Segurança Nacional (NSA), que monitorou as comunicações de líderes do mundo todo, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a então presidente do Brasil, Dilma Rousseff.