O deputado polonês Janusz Korwin-Mikke demonstrou, mais uma vez, toda a sua falta de respeito com as mulheres. Isso porque, ao tomar voz dentro do Parlamento Europeu, na última quarta-feira (1º), o polonês disse que as mulheres são "mais fracas" e "menos inteligentes" que os homens.
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As declarações foram feitas durante um debate no Parlamento Europeu sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. Em seu discurso Korwin-Mikke expôs sua já conhecida posição machista e misógna.
“Sabe que lugares ocupavam as mulheres nas Olímpiadas gregas? A primeira mulher, digo-lhe, ficou em 800.º lugar. Sabe quantas mulheres há entre os primeiros cem jogadores de xadrez? Eu digo-lhe: nenhuma", disse o deputado, justificando o que diria a seguir. "É claro que as mulheres devem ganhar menos que os homens, porque são mais fracas, mais pequenas e menos inteligentes”, afirmou Kowin-Mikke.
Em resposta ao parlamentar polonês, a deputada Iratxe García tomou a palavra, acusando-o de estar "doído" e "preocupado" com a presença de mulheres em lugares antes não alcançados por elas.
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“Senhor deputado, segundo as suas teorias, eu não teria o direito de estar aqui como deputada. Sei que lhe dói e que o preocupa que hoje nós, mulheres, possamos representar cidadãos em condições igualitárias. Eu venho aqui defender as mulheres europeias de homens como o senhor”, afirmou ela.
Histórico racista
Korwin-Mikke, que foi candidato à presidência da Polônia em 2015, já sofreu duas sanções por discursos racistas e pode sofrer uma terceira com esse discurso machista.
O deputado já ofendeu imigrantes e os definiu como "lixo humano que não quer trabalhar". Além disso, afirmou que Hitler não tinha conhecimento sobre o Holocausto e já fez a saudação nazista dentro do Parlamento.
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O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antoni Tajani, abriu um inquérito interno depois de assistir ao vídeo com as declarações desta quarta e após alguns deputados europeus denunciarem o político. As punições, neste caso, podem variar de multas à suspensão do polonês.
* Com informações da Agência Ansa.