Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, foi envenenado e morto em um aeroporto na Malásia
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Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, foi envenenado e morto em um aeroporto na Malásia

Um homem norte-coreano foi preso suspeito de ter participado do envenenamento e morte de Kim Jong-nam, irmão do ditador da Coreia do Norte Kim Jong-un . O anúncio foi feito neste sábado (18) por autoridades locais. Ri Jong Chol, de 46 anos, foi encontrado nesta sexta-feira (17) em Selangor, na Malásia.

Segundo reportagem do The New York Times, a Coreia do Norte exigiu que as autoridades da Malásia entreguem o corpo Kim Jong-nam e prometeram rejeitar qualquer autópsia que eles façam. A declaração foi lida a repórteres que estavam fora do hospital onde o corpo está mantido desde segunda-feira (13), quando ocorreu o crime.

Outras três pessoas já estavam presas suspeitas de envolvimento no crime: duas mulheres, uma da Indonésia e outra do Vietnã, e um homem malaio – namorado da indonésia.

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A polícia acredita que o assassinato foi realizado por duas mulheres que teriam envenenado o meio irmão do líder norte-coreano enquanto ele esperava um voo para Macau, onde ele morava com a família. Segundo Tito Karnavian, chefe da polícia da Indonésia, a suspeita Siti Aishah disse que achava estar envolvida em uma brincadeira. Ela afirmou ter recebido uma pequena quantia, mas negou saber que se tratava de um assassinato.

Autoridades sul-coreanas suspeitam que a morte foi encomendada por Kim Jong-un. O objetivo seria consolidar seu poder no país comandado por sua família a quase sete décadas.

Problemas com o irmão

Kim Jong-nam estava há decadas afastado do regime liderado pela família. Apontado como o sucessor favorito do falecido líder Kim Jong-il, ele havia declarado que não tinha interesse em comandar o país e já havia criticado publicamente o trabalho do meio-irmão diversas vezes.

Há um boato de que Kim Jong-nam teria "perdido seu espaço" no governo quando foi pego, em 2001, tentando entrar no Japão com um passaporte falso para visitar a Disneylândia de Tóquio. No entanto, tal informação jamais foi confirmada por sua família.

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Logo após seu irmão assumir o governo da Coreia do Norte, Jong-nam assumiu ser contra sua posse. "Pessoalmente, sou contra uma sucessão de terceira geração", disse. "Espero que o meu irmão mais novo faça o melhor em nome das vidas prósperas dos norte-coreanos", ressaltou.

Além dessas desavenças, Jong-nam era também o filho de Jong-il mais próximo do tio, Jang Song-thaek, que era o segundo homem mais poderoso da Coreia do Norte. Jang Song-thaek foi executado em 2013, por ordem de Kim Jong-un, após uma acusação de traição.

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