![Maior parte dos pedidos de asilo feito ao governo da Itália foi apresentada por imigrantes vindos da Nigéria Maior parte dos pedidos de asilo feito ao governo da Itália foi apresentada por imigrantes vindos da Nigéria](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/d9/8g/nb/d98gnb1z0m2pw4j7l5r05eulp.jpg)
O presidente da Comissão Nacional para o Direito de Asilo da Itália, Angelo Trovato, afirmou nesta terça-feira que o país registrou em 2016 um recorde no pedido de asilos ou refúgios de imigrantes, com 123 mil solicitações. O número é 41% maior do que o registrado em 2015 e segue apresentando alta desde 2013. Em 2013 foram 26 mil pedidos, que aumentaram para 64 mil e 83 mil em 2014 e 2015, respectivamente.
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Segundo o governo da Itália, do total de pedidos, 105 mil foram apresentadas por homens e 11.656 por menores de idade desacompanhados. Os nigerianos são os que mais pedem refúgio no país, representando 105 mil registros.
Trovato explica que o alto fluxo de pedidos está fazendo com que o sistema tenha dificuldades para normalizar a situação. Isso porque as 28 seções de Comissão Territorial para Asilo estão enfrentando um "aumento de problemas, sobretudo onde é necessária a presença de homens da força policial". "Com isso, em vez de fazer de quatro a cinco audiências por dia, esse número caiu para três. Em 2017, já registramos uma redução de 10% nos pedidos examinados e isso é preocupante", acrescentou.
Vistos concedidos
O presidente da comissão informou ainda que o status de refugiado foi concedido para 5% dos pedidos analisados, sendo que para 14% foi concedido o benefício da proteção subsidiária – um "nível" abaixo do status de refugiado e que permite a obtenção da autorização de residência no país durante três anos e o direito de reunir a família que esteja no exterior.
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Dentre os que tiveram os pedidos aprovados, 21% receberam o direito ao asilo humanitário. Por outro lado, 56% das solicitações foram negadas. Ainda de acordo com o presidente da comissão, o tempo médio de exame entre 2014 e 2016 foi de 257 dias, em um número que mostra uma aceleração do processo.
Ele salienta que em 2014 eram necessários 347 dias para a análise. Em 2015, o período caiu para 261 dias, enquanto no ano passado cada solicitação demorava 163 dias para receber uma resposta.
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“Somos o segundo país europeu, atrás da Alemanha, em número de pedidos examinados", concluiu Trovato. Em 2016, a Itália voltou a ser o país europeu que mais recebeu imigrantes pela rota do Mar Mediterrâneo, tendo registrado a entrada de 181 mil pessoas.
* Com informações da Ansa